No
sistema alemão de impostos, os mais valorados são aqueles que cabem aos
municípios. De forma semelhante é o sistema norte americano. Neste último os
turistas brasileiros que por lá circulam podem verificar que, em qualquer
local, mesmo de “fast food” ou outros
tipos de comércio de uso da grande população, as notas são tiradas e nelas, ao
final, consta o destaque do imposto municipal.
É
o dinheiro que cabe aos municípios, incluindo as cidades, para imprimir o seu
funcionamento público, forma democrática de se administrar o convívio social.
Como já dizia Sir Winston Churchill: “a democracia é a pior forma de governo,
mas não existe outra melhor”.
É
o preço que se paga para conviver em comunidade. Controlada por nós mesmo, o
povo. No ensinamento grego: “demo – povo”;
“cracia – governo.” Ou seja,
democracia: governo do povo. Por isso é muito mais importante o imposto que
fica nos municípios, local em que vivemos, do aquele que vai para as instâncias
superiores: Estados e União.
Como,
evidente, são muito maiores, exige mais servidores, mais repartições, mais
dinheiro. Também facilita muito mais a corrupção, porquanto passam por diversas
repartições, órgãos, instituições, setores e assim por diante. Permitindo que,
no meio do caminho, atravessadores consigam manipular o dinheiro dos nossos
impostos e montar esquemas de corrupção e de divisão do erário em propinas
particulares.
O
sistema alemão é muito mais justo: o imposto vai de baixo para cima. No Brasil,
desde a era militar, vem de cima para baixo. Arrecadam-se no município onde se
vive impostos para a União e para os Estados e, deles retorna parte para o
Município. Grande quantidade fica no caminho de volta.
Por
isso que, em questão de eleições, as mais importantes são as eleições municipais. Justamente estamos em ano de eleição da
espécie. É o momento de se escolher aqueles que vão dirigir nossa terra. O
lugar em que vivemos. A escolha merece nossa atenção especial. Escolher bem.
Administrador capaz, competente, idôneo e cuidadoso com o trato da coisa
pública, para gerir nossos parcos recursos com o melhor aproveitamento que for
possível. Tratando da cidade, das áreas da educação das crianças e da saúde de
todos dentro do que cabe à Prefeitura.
Não
cair em canto de sereia de aventureiros, de vaidosos, de admiradores de
desastradas ideologias e de inexperientes que buscam cargos públicos para se
projetarem. Não é verdade?
Democracia faz bem em qualquer esfera de poder, seja federal, estadual ou municipal. Concordo que tem candidato aventureiro, inclusive usando do abuso econômico. Mas temos candidatos bons, gestores de primeira linha, dois jovens. Um lidera a situação, o continuísmo que representa as elites (minorias) e outro lidera a oposição, representa a vontade da maioria, a vontade da mudança e renovação. Mais um vez creio que esta eleição polariza entre as mesmas forças históricas políticas de Camaquã.
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