segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Por nada, por nada

E então aquela boa filha, a colega legal, a cidadã reta freia o carro e espera o sinal abrir. Algumas dezenas de segundos depois, ela agoniza sobre o asfalto frio de uma avenida da cidade. Não resistente ao ferimento, ela apaga horas depois. Cedo demais. 

Pais, amigos e colegas destruídos, um companheiro que viverá apenas de lembranças e uma carreira profissional que tinha por missão valorizar a vida, encerrada. Quem sabe não iria até tratar dos filhos dos seus algozes? Seres que, aliás, estão mal definidos, já que os bárbaros da Era Romana matavam por território, por sobrevivência, por comida. E esses, mataram essa guria para quê, por quê? 

O tiro que levou Graziela, assim como os seus gritos de socorro ecoam fortes, por todos os lados, propagando uma macabra incerteza coletiva sobre quem será o próximo.

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