Por Nelson Egon Geiger (Advogado)
Em qualquer País sério do Mundo essa escandalosa corrupção com verbas públicas não existiria. Ou, caso existisse, não teria a dimensão e os tentáculos que aqui surgiram. Ontem o 1º Ministro da Finlândia renunciou porque descobriram ter conta em um paraíso fiscal.
No
Brasil, com a maior cara de pau negam. “O
triplex não é meu; o sítio não é meu”. É tudo dos amigos e às vezes faço visitas.
Caradurismo nunca visto. Entretanto a nação tem esperança que estão sendo
depositadas na Polícia Federal, no Ministério Público Federal e na Justiça
Federal. Agora, na nova fase da “Operação
Lava Jato”, chamada de “Carbono 14”,
estão surgindo novas pistas de que o problema é muito maior ainda.
Em
outras palavras: que o “Petrolão”
está vinculado com o “Mensalão” e
ambos foram montados para suportar a maior corrupção pública da história do
Brasil. Incluindo dúvidas sobre o até hoje não explicado assassinato do
Prefeito de Santo André, SP, Celso Daniel. Que teve a vida ceifada, por
discordar de certas pessoas do seu partido, o PT.
Aonde
vamos parar ninguém sabe. Pois em qualquer País sério como os europeus e, na
América, o Canadá e os EEUU, quem tivesse qualquer envolvimento com corrupção a
ponto de ser indiciado em inquérito policial e envolvido em processos judiciais
investigativos da matéria, renunciaria.
No Brasil, não.
Ninguém renuncia. Contrário senso, falam em resistir, apelidam a investigação
de GOLPE, afirmam inocência apesar das provas que apontam, exatamente, para o
que a Polícia está descobrindo. Para não se falar no desrespeito às leis que
regem as finanças públicas: a Lei 8.429, de 02.06.1992, que trata da improbidade administrativa, e a Lei
Complementar 101, de 05.05.2000, de
responsabilidade fiscal.
Sem qualquer
pudor, os defensores da Presidente, advogado geral da união e o Ministro da
Fazenda afirmam que “pedaladas fiscais”
não constituem nenhum delito; não ferem a lei; não prejudicam a nação. Como se
o povo fosse bobo. Enquanto o chefe maior da gangue, que teve, todos sabem,
como mentor intelectual o famigerado José
Dirceu, felizmente preso pela Justiça do Paraná, anda vociferando em
discursos por aí afora: “a culpa da
economia estar mal é da investigação judicial da Lava Jato”. E ainda tem
mais, o ignorantão, porém espertalhão, incentiva os Sindicatos a ingressarem na
justiça contra a operação citada, “porque
ela está atrapalhando a economia nacional”. Quer dizer: não são as roubalheiras
demonstradas do “mensalão e do petrolão”
que prejudicam o País. São os processos judiciais que investigam isso. Inversão de valores. Volto a dizer: em
qualquer País sério, os envolvidos renunciariam. Aqui ainda reclamam e querem
colocar o povo contra as instituições sérias. Pobre Brasil.
TRIBUNA – Edição de 08 de abril de 2016
Acredito que o ilustre advogado deve ser apartidário, embora não cite nas entrelinhas o digníssimo presidente da câmara como um dos que também deveriam renunciar, aliás muitos outros... Logo hoje falar falar em uma unica sigla partidária é ser burro ou achar que os outros o são.
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