domingo, 21 de fevereiro de 2016

OS 7 DESTAQUES DA 26ª ABERTURA DA COLHEITA DO ARROZ


Após conviver com os protagonistas do arroz, em Alegrete, na última semana, me cabe tecer algumas considerações sobre a 26ª Abertura da Colheita.  Antes, é necessário dizer que o evento atingiu até mais do que o proposto pela Federação das Associações dos Arrozeiros do RS – a Federarroz. Resultados esses que não terminaram neste sábado (20), quando o vice-governador José Paulo Cairoli encerrou a tradicional série de discursos do sábado meio dia. Os três dias de encontros, de reflexões e de homenagens fizeram do Parque Lauro Dornelles um referencial ponto de partida para avanços sonhados pelos produtores.

Se tivesse que escolher uma única legenda para uma foto geral do evento, na qual estivesse o presidente da Federarroz, Henrique Dornelles representando seus diretores e filiados das associações de arrozeiros do estado, essa deveria ser acompanhada de algumas expressões como “Habilidade, diálogo, articulação, respeito e persistência”.  O método pode até ser contestado por aqueles que cobram um discurso mais contundente ou radical para soluções dos problemas extra lavoura, mas é o mais inteligente. Não fosse assim, alguns dos itens abaixo não seria escritos.  

1.  Arborizado, estruturado, bonito. Assim é o Parque Lauro Dornelles, do Sindicato Rural de Alegrete. 

A qualidade do acabamento dos estandes e das demais instalações, combinada com as ruas pavimentadas dão um ar de modernidade à área. A energia elétrica teve falhas, mas nada que comprometesse o todo.  




2. O trabalho de divulgação da 26ª Abertura foi eficiente. Durante os últimos quinze dias anteriores ao evento, o arroz sempre esteve em pauta nos diversos veículos de comunicação do Estado. A tabela de custos com mídia foi limitada, mas se mostrou acertada.

O trabalho da equipe de comunicação, liderado pelo jornalista Nestor Tipa Jr foi eficaz e merece o reconhecimento. 




3. A participação de entidades e grandes empresas do setor primário afirmaram a importância e o respeito que o setor orizícola possui. 

As chamadas vitrines tecnológicas, que apresentaram  ensaios de arroz, de soja, milho e pastagens, deram o revestimento técnico da abertura. Caravanas de lavoureiros do Estado conheceram o espaço, organizado pelo IRGA e mais 17 empresas. 






4.   Politicamente, o evento cumpriu o seu papel. Dois grandes encontros – um da Câmara Setorial do Arroz, e uma audiência pública do Senado -, discutiram e deram bons encaminhamentos a duas pautas urgentes do setor: a ajuda aos arrozeiros prejudicados pela chuva na Região Central do Estado, e a necessidade de aprovação da PEC 155, que unifica a cobrança do ICMS em todos os estados da federação. A recente desoneração do ICMS do arroz pelo governo de SP prejudica a venda do produto gaúcho àquele estado.   








      5. A presença de André Nassar, secretário de política Agrícola do Mapa, na Abertura da Colheita foi uma prova da boa articulação desenvolvida pela Federarroz. Segundo homem da hierarquia do ministério, abaixo apenas da titular Kátia Abreu, Nassar se familiarizou mais com as aflições do setor e leva para Brasília informações que o ajudarão na formatação de decisões. 

     Na questão da harmonização tributária, por exemplo, Nassar deu mostras de alinhamento à proposta. Sobre os leilões de estoques, o secretário deixou claro que eles continuarão a ser realizados. Também recebeu reiteradas vezes a informação de que arroz não faltará no mercado doméstico – o que elimina a necessidade de o governo promover a importação do cereal, temida pelos produtores que não querem riscos de rebaixamento do preço. 

   6. A promoção da Federarroz evidenciou a força que possuem dois agentes políticos juntos aos arrozeiros. Por suas defesas eloquentes do equilíbrio e da integridade do setor, tanto a senadora Ana Amélia Lemos como o deputado federal Luis Carlos Heinze, ambos pepistas, foram saudados com respeito e cordialidade no parque Lauro Dornelles. Em época de desconfianças com representantes políticos, a sinergia dos dois com seus públicos é uma prova de que fazer política séria, de resultados, gera também reconhecimento.


 



   










     7. A escolha dos homenageados, que receberam a Pá dos Arrozeiros, seguiu a cartilha da boa relação política e também reconheceu profissionais que trabalham no dia a dia da lavoura.

       Entre os lembrados estiveram Ana Pellini (foto|), secretária estadual do Meio Ambiente; José Maria dos Anjos, do MAPA e Athos Gadea, do IRGA. 







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CONEXÃO FOI AO VIVO DE ALEGRETE 
Estivemos eu e Silvio Pereira desde quinta-feira em Alegrete. No sábado (20), transmitimos o Conexão Rural ao vivo do Parque Doutor Lauro Dornelles. Agradecemos aos participantes da nossa roda de debates. Foi uma honra ter entre nós o vice-governador José Paulo Cairoli – que representou o Palácio Piratini na 26ª Abertura da Colheita do Arroz -; o deputado federal Luiz Carlos Heinze; e o presidente do Irga, Guinter Frantz. O nosso obrigado, aliás, à toda equipe do Irga, cujo estande serviu como nosso estúdio.

Aos presidentes das Associações de Arrozeiros de Camaquã, Celso Bartz e de Tapes, Luiz Carlos Chemale; ao presidente do Sindicato Rural de Tapes, Juarez Petry; e ao vice-presidente da Federarroz, o camaqüense Daire Coutinho, que deram suas valiosas contribuições ao conteúdo do programa deste sábado.

Aos patrocinadores da nossa cobertura – CESA; Sementes Terra Dura; Ubimac; Sindicato Rural de Tapes e Minuano Materiais de Construção. 


       

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