Por Nelson Egon Geiger
Advogado
Ainda lembro muito bem do filme,
da década de 50. Estrelado por Jack Lemmon, Shirley Maclaine e Fred Mackmurray,
ainda em preto e branco. Contava a história de um funcionário burocrata de uma
empresa (Jack) que emprestava o seu “apê” para o chefe (Fred) ter encontros com
uma namorada (Shirley) sem que a esposa descobrisse. Os encontros aconteciam
durante o horário de trabalho. Na Nova Iorque daquela época, já enorme,
evidente que o disfarce era ótimo. A história era bonita, romântica. Em um
desencontro do chefe com a moça, o personagem de Jack esteve com a garota. Surgindo
um romance que terminou com o chefe perdendo seu caso. E Jack o emprego.
Há
se o TRIPLEX, ou “apê”. Ou aPTriplex como já surge na mídia eletrônica falasse.
Se ele falasse contaria tudo. Não precisaria o Ministério Público e a Polícia
Federal estarem investigando e os enrustidos com o dinheiro público estarem
negando. Aliás, negando evidências. Por que, na realidade, está tudo na cara.
Bem
e o sítio? Não é meu. É de amigos e, por acaso um que foi politicamente
vinculado comigo e um filho. Por acaso, após deixar o Governo minha mudança foi
transferida para lá. Por acaso, quase sempre eu e a Marisa estamos passando
fins de semana lá. Tudo por coincidência. Tudo por acaso. Nada foi feito às
escondidas da Justiça Eleitoral e da Justiça comum. Do Ministério Público. Da
Polícia. E DO POVO.
E
como se tudo não bastasse, nome de amigos e do filho, mudança, freqüência do
local, ainda se tem que a escritura pública que foi efetuada no escritório de outro
amigo. Sim a escritura pública de compra do SITIO situado em Atibaia, São
Paulo, foi formalizada no escritório do advogado e empresário Roberto Teixeira,
no Bairro Jardins, naquela Capital, em 29 de outubro de 2010, por um milhão e
meio (ZH do dia 06, página 09). Segundo o jornal, Roberto é compadre de Lula e
este já morou em uma casa do mesmo, em São Bernardo do Campo.
Como
alardeiam os “petistas” fanáticos, quem disser o contrário está fazendo (vejam
as frases) “vazamento seletivo”,
“midiatização do processo penal”; “linchamento da pessoa pública”.
Eu
prefiro visualizar que quem defende o indefensável é quem está promovendo
midiatização protetiva da falta de vergonha crônica. Nunca se viu tanta
“falcatrua” com a coisa pública neste País desde o dia 07 de setembro de 1822. Linchamento
midiático com o “povinho” é que os defensores intransigentes da canalhice
querem fazer. Não é verdade?
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