quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Situação se agrava e ministra cai

Matéria veiculada na Folha de São Paulo de hoje mostrou que uma empresa de Campinas confirma que um lobby opera dentro da Casa Civil da Presidência da República e acusa filho da ministra Erenice Guerra de cobrar dinheiro para obter liberação de empréstimo no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Algumas horas depois de o jornal começar a circular, a ministra caiu. Depois de se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Erenice Guerra entregou o cargo. Com a nova denúncia e pelo que se espera que Veja trará neste fim de semana, a situação ficou insustentável.

Interessada em instalar uma central de energia solar no Nordeste, a EDRB do Brasil Ltda diz que o projeto estava parado desde 2002 na burocracia federal até que, no ano passado, seus donos foram orientados por um servidor da Casa Civil a procurar a Capital Consultoria.

Trata-se da firma aberta em nome de um dos filhos de Erenice, Saulo, e que foi usada por outro, Israel, para ajudar uma empresa do setor aéreo a fechar contrato com os Correios --primeiro negócio a lançar suspeitas de tráfico de influência no ministério, revelado pela revista "Veja".

A Casa Civil confirmou ontem que houve uma reunião com representantes da EDRB em novembro na sede da Presidência, mas negou que a hoje ministra Erenice Guerra tenha participado.

"A audiência foi pedida inicialmente com a secretária-executiva, mas, por incompatibilidade de agenda, foi conduzida pelo então assessor especial e atual chefe de gabinete da Casa Civil", informou a assessoria.
Substituto

No lugar da Erenice assume Carlos Eduardo Esteves Lima, secretário-executivo. Ele ficará interinamente no cargo de ministro. O presidente deve decidir o substituto até a próxima semana. O nome mais cogitado é da coordenadora-geral do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), Miriam Belchior.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Leg