sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Investimento zero, torneiras secas

Sugiro duas medidas para Corsan de Camaquã: uma delas é que comece a instalar bicas púbicas em pontos estratégicos da cidade. Sim, bicas. Também poderia voltar o carro pipa.

A segunda é que se venda a Corsan de Camaquã. Sim, pode ser só a de Camaquã. Esse é um caso típico no qual a privatização faria bem. Talvez ai sim, tivéssemos um serviço de fato descente, constante, responsável, de qualidade.

Nesta manhã de sexta-feira, ainda existem pontos na cidade nos quais ainda não voltou a água. São milhares de moradores com mais de um dia com as torneiras secas. No meu programa de ontem à tarde, na Camaqüense, o gerente local da Corsan comunicou à emissora que a previsão de volta do serviço era para às 21 horas de quinta.

Segundo ele, a bomba de captação tinha sido substituída. A segunda também havia dado problema e o pessoal esperando a terceira chegar. Calejado com esses atrasos, cantei a pedra: vamos dormir sem água. Não deu outra.

Estão de brincadeira com os usuários. A pior coisa é pagar por um serviço e não ter confiança nele. É duro dizer, mas a Corsan de Camaquã é inconfiável. Se faltasse água lá de vez em quando, tudo bem, até seria um exagero a nossa indignação. Mas não, existem lugares em que pelo menos uma vez por semana, tem histórico de falta d’água.

O sistema de abastecimento de água em Camaquã é falho porque é dependente de um equipamento único e obsoleto e de funcionamento prosaico. É um motor de captação de água na barragem. Se ele pifar, adeus tia Chica.

Não é de hoje isso essa deficiência. Nos planos de investimento do governo estadual, através de sua Secretaria de Habitação, a unidade local da Corsan parece não existir. Mas o que acontece? nós como população somos pouco merecedores de um serviço, bom? Os gerentes que por ali passam não sabem pedir, ou se articular, ou comunicar isso para o degrau de cima? Ou é descaso mesmo dos sucessivos governos?

Enquanto a Corsan de Camaquã operar com essa cacaria que dispõem padeceremos muito ainda deste mal.

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