sexta-feira, 16 de abril de 2010

Pressionado, Jorge Jardim cai

O professor Jorge Jardim (PMDB) não resistiu ao fogo amigo e caiu da Secretaria de Educação. Nesta quinta-feira, ele foi comunicado (por telefone) pelo prefeito Ernesto Molon (PMDB) que hoje, sexta-feira, seria seu último dia no governo. O alinhamento do secretário com a opção dos diretores de escolas, que sugeriram feriado inteiro na rede municipal no dia 19 de abril foi a motivação final. A determinação de Molon foi pelo funcionamento em meio-turno das escolas.

Mas esse ruído em torno do ponto facultativo foi apenas o argumento que faltava. No dia a dia da administração era explícita a campanha intensificada pelo vereador Ludgero Marques (PMDB) para derrubar Jardim. Mordido com o professor desde que este lhe substituíra na Secretaria de Meio Ambiente do governo João Carlos Machado (PP), Ludgero passou a ter Jorge como alvo. Sua nomeação no novo governo também nunca fora digerida pelo vereador.

É cedo para dizer se foi correta ou não a decisão de Molon. O fato é que sai um raro colaborador que combinava técnica e política com a mesma desenvoltura. Internamente, Molon até pode ganhar num primeiro momento, ao abafar algumas insatisfações.

No atacado, porém, as conseqüências podem ser outras. Além de perder um secretário consciente das implicações políticas que cada ação da pasta significa publicamente, Jardim foi um dos mais fieis secretários do atual governo.


A saída de Jorge pode também ter outras significâncias futuras. Por exemplo, pode se tornar uma oportunidade para Molon se penitenciar com alguns fantasmas que ficaram para trás. Setor cobiçado, o cargo de chefe da educação é um presente que nenhum aliado rejeitaria. Vereador da base, o ex-secretário Milton Pereira (PP) sempre se mostrou desiludido com Molon, por este não ter carimbado o nome de seu indicado - Deoclécio Giongo para o cargo.

A nomeação do diretor da Escola Ana César, ligado também ao PMDB, seria a mais coerente neste momento. Além de ter alguém de profissionalismo educacional e administrativo reconhecido ao lado, o prefeito faria as pazes com um dos vereadores aliados menos entusiasmados com sua administração e não ficaria mal com suas bancadas parceiras na Câmara.

Já no caso de Molon batizar alguém ligado ao mesmo vereador que derrubou Jorge – no caso o atual assessor de Ludgero – passará a perigosa, porém ilusória imagem de que quem manda não é ele, mas sim seu líder de governo.

Molon tem até segunda para anunciar seu novo secretário de Educação. Acertada, matará várias marrecas com um tiro. Em caso de equívoco, os prejuízos são imensuráveis.

3 comentários:

  1. Que bom que Deus existe e faz justiça. Ele ontem abençou o senhor prefeito com a sabia decisão de demitir este secretário que já era aguardada a muito tempo. Acho que o PMDB não sai perdendo nem a administração e nem o prefeito,pois este secretário nada fez para melhor a educação em Camaquã,bem ao contrário.

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  3. Deus existe sim e fará justiça, pois o Secretário Jorge deu muita atenção aos professores, diretores e supervisão escolar. Os recalcados é que aplaudem, pois são cedidos para a prefeitura ou até aposentados que viram CC e tiram a vaga para novas nomeações. A sorte é que o Jardim é concursado da prefeitura como professor e volta a exercer com dignidade sua profissão, e não como outros que são aposentados e ficam clamando cargo/bocas nos governos... Tenha vergonha Ludgero, aposentado que vive só de tititi e viajando pro exterior, pq em camaquã só fazes tumulto e criando inimizades e não admira as belezas da região. Pai, as homenagens das escolas, dos alunos, professores e de teus verdadeiros amigos não cessou na tarde de sexta-feira maior exemplo de que és um bom profissional e um homem do bem. Tenho muito orgulho de quem tu és, te amo!

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