Secretário faz prestação de contas a arrozeiros

Reunido em Camaquã, na noite desta segunda-feira, 15, com arrozeiros da Zona Sul do Estado, o secretário estadual da Agricultura, João Carlos Machado, fez um balanço das ações do governo direcionadas ao setor nos últimos 29 meses, período no qual responde pela pasta.
No encontro, promovido pela Associação dos Arrozeiros de Camaquã, entidade ligada à Federarroz e que teve a participação de mais de duzentos produtores rurais, Machado focou sua palestra nas políticas de qualificação da produção e de armazenagem. Acompanharam João Carlos Machado o presidente do Instituto Riograndense do Arroz (Irga) e Luis Antônio Oliveira, diretor da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa).

Armazenagem
Obras - Foram R$ 3milhões investidos na infraestrutura das 23 unidades de armazenagem da companhia espalhadas pelo Rio Grande do Sul.

Exportações - A reativação do terminal de Rio Grande, exclusivo para arroz, está oferecendo maior segurança e agilidade nas operações de exportação. Na safra de 2009 foram carregados em Rio Grande 91 mil toneladas, com previsão de 400 mil toneladas até o final deste ano.

Logística – Com o objetivo de diminuir os custos do produtor, o governo estimulou as navegações fluvial e marítima do cereal, proporcionando assim um novo impulso logístico ao transporte.

Pesquisa
Infraestrutura - Foi autorizado pelo governo estadual o montante de R$ 27 milhões a serem investidos no Irga entre 2008 e 2010. Somente para obras e reformas das sedes do instituto no Estado estão sendo direcionados R$ 8,5 milhões.

Tecnologia - Já um convênio com a Fundação Irga irá garantir R$ 3,7 milhões para extensão e R$ 2,8 milhões às pesquisas promovidas pelo órgão. O programa Arroz RS, desenvolvido desde 2007, realçam os principais alicerces do Irga, que são o de oferecer ao arrozeiro gaúcho ganhos na produtividade e na rentabilidade, qualidade do produto e produção mais limpa.

Cautela
Na reunião, na qual estiveram ainda presentes o presidente da Federarroz, Renato Rocha, o deputado federal Luis Carlos Heinse, o presidente da Associação dos Arrozeiros de Camaquã, José Carlos Gross e o presidente do Sindicato Rural de Camaquã Arilei Mendes, a questão da comercialização foi amplamente discutida. Os produtores estão apreensivos com a baixa cotação do cereal neste período de oferta demasiada. Pela saca de 50 quilos estão sendo oferecidos R$ 26,00 em média. Rocha, porém, acredita que o mercado deverá reagir nas próximas semanas, a partir do uso dos mecanismos públicos de comercialização. Entretanto, pediu aos colegas de classe que segurem o máximo que puderem o produto nos engenhos.