São muitas emoções reservadas para 2016. A começar pelas eleições municipais, que já estão na boca do povo. Beltrano vai? Fulano ganha? Siclano concorre com quem? Indagações quem em seguida serão substituídas pelas profecias e apostas lançadas pelo imensurável número de conhecedores do assunto, que antes de tudo, são apaixonados por eleição. É irônico como o brasileiro fala mal dos seus políticos, não gosta deles, mas se envolve emocionalmente nas eleições. E é a eleição local a que mais mexe mais com o cidadão. Por isso que essa história de unificar as votações, com a escolha do presidente ao vereador num tiro único, pode não ser um bom negócio.
Calor eleitoral potencializado nas últimas campanhas pelos palanques eletrônicos montados na internet, com debates ora insanos, ora absurdos, que ao final, nada acrescentam. A eleição da rede que também fabrica algumas "celebridades de ocasião", que com malícia e um olhar conveniente, tentam traduzir o sentimento de determinado grupo. Geralmente são irresponsáveis no que escrevem ou falam, com acusações vazias e palavras fortes contra esse ou aquele candidato, mas são aplaudidos por aqueles que acham mais prudente não fazer o mesmo. Usam, mas também são usados, para logo em novembro serem esquecidos.
Depois de algumas eleições no lombo, posso dizer que já vi muitos exemplo disso que escrevi ai em cima - alguns antes mesmo do Facebook. Gente que enlouquece numa campanha eleitoral e briga com meio mundo, para depois conviver com as indiferenças dos ofendidos, e pior, das dos "heróis" defendidos.
Nestes meses, até outubro vamos ver de tudo. Gente que até bem pouco tempo defendia uma causa se virar contra ela; outros que ontem apareciam nas fotos abraçados, se alfinetarão, e também figuras que aparentemente se odiavam, estarão abraçados.
Sejamos tolerantes, pois virá 2017, 2018 e por ai vai, e veremos que nada de tão extraordinário irá acontecer, seja em Camaquã com o Pedro, seja em Tapes com o Zé ou no Chuí com o João. E nós, bom, nós vamos continuar nos cruzando no café, na loja e no banco. É só mais uma eleição.
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