terça-feira, 1 de dezembro de 2015

UMA NOTA INUSITADA

                                                                                                              
Por Nelson Egon Geiger
 Advogado
            
Na última edição deste hebdomadário consta inusitado a pedido partidário sobre sua posição a respeito de mudança e corrupção. Até aí, tudo bem. O que se observa de inusitado é que a Comissão Executiva que lançou o manifesto envereda por caminhos ininteligíveis.

            Em questão de mudança se atém a Camaquã, omitindo seu conceito com a matéria em nível nacional. Quer dizer, nesse nível o caos econômico, financeiro, de gestão pública e de moralidade, parece-lhes bem. Concentra-se no Município. Critica o grupo que o comanda há 15 anos. Quer mudança. Fala em avançar no que sinalizam apresentação de um projeto.

            Em verdade, embora partidariamente me vincule ao atual comando do Município, não estou constituído para defender o Prefeito João Carlos Machado. Fico mais diretamente ligado ao anterior, Ernesto Molon. Todavia é necessário se dizer que se o Governo municipal não consegue produzir todos os resultados esperados, isso se debita à crise econômica nacional que está explodindo agora, mas que decorre desde 2003, quando o iludido eleitorado brasileiro elegeu o mais corrupto de todos os comandos do País, desde o tempo do Império.

            Como municípios formam os Estados da Federação, também o descomando do último “governicho” estadual respingou como carrapato nas finanças das municipalidades. A mídia reproduz as constantes manifestações da FAMURS para apontar que a herança maldita deixada pelo pior governador de todos os tempos, que legou um caos na educação. Sem condições de repasses para o transporte escolar, jogando-o à responsabilidade das combalidas finanças municipais; sem salários justos para os professores; estradas deterioradas e inchaço de CCS. Para não se falar nas famosas “pedaladas” orçamentárias antes da última eleição.

            Lembram governos da mesma grei do autor da nota que estiveram perto de nós na gestão anterior? Um deles até utilizou as cores partidárias em prédios públicos da pequena comuna. Foi rejeitado pelo povo na tentativa de reeleição. Outro já está com seus bens sob bloqueio judicial, por processos decorrentes de sua investigada administração.

            Outro assunto da referida NOTA é corrupção. Ao invés de atacar as delações premiadas chamando de corruptos os delatores, e citar o “mensalão tucano”, do qual nem mesmo há processo com avanço investigativo e o metro paulistano, tratasse do “mensalão” que envolveu o Ministro Chefe da Casa Civil do governo de seu time. E também o “petrolão”, agora em curso. Cujo resultado foi quebrar a Petrobrás, agora desacreditada Mundo afora.

E a suspeita amizade de seu grande chefe nacional com José Carlos Bumlai, agora preso pelo processo da LAVA – JATO (ZH do dia 25, páginas 06/07). Que mantinha tráfico de influência junto ao Planalto desde 2003 e que obteve empréstimos facilitados no BNDES de 516 milhões.


Em outra oportunidade espera-se que cite os presos da referida operação. De todos partidos, inclusive do seu. Também somos contra a corrupção. Mas de todas as áreas. Não apenas das alheias. E investigados em todos os locais. Até mesmo no Peru. Não é verdade?

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