Por Nelson Egon Geiger
Advogado
Na
última edição deste hebdomadário consta inusitado a pedido partidário sobre sua
posição a respeito de mudança e corrupção. Até aí, tudo bem. O que se observa
de inusitado é que a Comissão Executiva que lançou o manifesto envereda por
caminhos ininteligíveis.
Em
questão de mudança se atém a Camaquã, omitindo seu conceito com a matéria em
nível nacional. Quer dizer, nesse nível o caos econômico, financeiro, de gestão
pública e de moralidade, parece-lhes bem. Concentra-se no Município. Critica o
grupo que o comanda há 15 anos. Quer mudança. Fala em avançar no que sinalizam
apresentação de um projeto.
Em
verdade, embora partidariamente me vincule ao atual comando do Município, não
estou constituído para defender o Prefeito João Carlos Machado. Fico mais
diretamente ligado ao anterior, Ernesto Molon. Todavia é necessário se dizer
que se o Governo municipal não consegue produzir todos os resultados esperados,
isso se debita à crise econômica nacional que está explodindo agora, mas que
decorre desde 2003, quando o iludido eleitorado brasileiro elegeu o mais
corrupto de todos os comandos do País, desde o tempo do Império.
Como
municípios formam os Estados da Federação, também o descomando do último “governicho” estadual respingou como
carrapato nas finanças das municipalidades. A mídia reproduz as constantes
manifestações da FAMURS para apontar que a herança maldita deixada pelo pior
governador de todos os tempos, que legou um caos na educação. Sem condições de
repasses para o transporte escolar, jogando-o à responsabilidade das combalidas
finanças municipais; sem salários justos para os professores; estradas
deterioradas e inchaço de CCS. Para não se falar nas famosas “pedaladas” orçamentárias antes da última eleição.
Lembram
governos da mesma grei do autor da nota que estiveram perto de nós na gestão
anterior? Um deles até utilizou as cores partidárias em prédios públicos da
pequena comuna. Foi rejeitado pelo povo na tentativa de reeleição. Outro já
está com seus bens sob bloqueio judicial, por processos decorrentes de sua investigada
administração.
Outro
assunto da referida NOTA é corrupção. Ao invés de atacar as delações premiadas
chamando de corruptos os delatores, e citar o “mensalão tucano”, do qual nem mesmo há processo com avanço
investigativo e o metro paulistano, tratasse do “mensalão” que envolveu o Ministro Chefe da Casa Civil do governo
de seu time. E também o “petrolão”,
agora em curso. Cujo resultado foi quebrar a Petrobrás, agora desacreditada
Mundo afora.
E a suspeita
amizade de seu grande chefe nacional com José Carlos Bumlai, agora preso pelo
processo da LAVA – JATO (ZH do dia 25, páginas 06/07). Que mantinha tráfico de influência
junto ao Planalto desde 2003 e que obteve empréstimos facilitados no BNDES de
516 milhões.
Em outra
oportunidade espera-se que cite os presos da referida operação. De todos
partidos, inclusive do seu. Também somos contra a corrupção. Mas de todas as
áreas. Não apenas das alheias. E investigados em todos os locais. Até mesmo no
Peru. Não é verdade?
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