segunda-feira, 16 de novembro de 2015

AÇÕES CONJUNTAS COMBINADAS COM MENOR ENTRADA DO PRODUTO DO MERCOSUL GARANTE AUMENTO CONSIDERÁVEL DE EXPORTAÇÕES DO ARROZ GAÚCHO

Os consideráveis resultados obtidos pelo arroz na balança comercial gaúcha, neste segundo semestre, foi um dos temas do programa Conexão Rural (abaixo link com a gravação) do sábado (14). Participante do programa, o vice-presidente da Federarroz Daire Paiva Coutinho justificou as 813, 4 mil toneladas exportadas de março a outubro de 2015 pelo Rio Grande do Sul, contra apenas 23 mil toneladas compradas de outros países, neste mesmo período, pelas indústrias do Estado, ao conjunto sincronizado de esforços de entidades como Federarroz e Farsul, juntamente com o IRGA, com o objetivo de promover ações concretas para ofertar o arroz a outros países. O superávit, destacou Coutinho, “Que representa um mês de beneficiamento de arroz do Estado, também se deve à menor entrada do produto do Mercosul, cuja produção apresenta queda nos últimos anos em função dos crescente custos”.

Daire citou como exemplo deste novo momento de vendas externas, corroborada, segundo ele, também por uma postura governamental mais positiva, as garantias recentemente dadas pela embaixadora de Cuba no Brasil, Marielena Ruiz Capote, de que o comércio de arroz entre o país caribenho e o RS será mantido, apesar da retomada das relações de Cuba e EUA. “A vinda dela (da embaixadora) foi um trabalho de articulação, que envolveu entidades, Irga, gabinete do governo estadual”, comentou ele. Para o dirigente as negociações que envolvem a retomada das exportações para Nigéria, com a queda da alta tarifação para entrada do arroz brasileiro no país africano, como outro marco desta nova concepção de movimentos, que mira também os mercados mexicano, chinês, peruano e colombiano.

Na contramão deste novo momento comercial estão dificuldades antigas e outras que surgem. A de operacionalização é uma delas, segundo Coutinho. Para ele é imperativo, por exemplo, a definição sobre um terminal portuário exclusivo em Rio Grande para o escoamento do arroz gaúcho. “Uma logística que de fato seja eficaz é tudo que precisamos”, comentou, ao também pregar a imediata ampliação do diálogo em relação a revisão dos custos de produção, principalmente nos itens cobrados pelo setor público, desproporcionais, segundo ele em relação ao que é oferecido em contrapartida.  

Daire Coutinho: necessidade de um terminal exclusivo para o
 arroz no Porto de Rio Grande é questão de necessidade


Sobre as novas regras relacionadas ao ICMS recolhidos pelo Estado da icadeia arrozeira, o vice-presidente da entidade que defende os orizicultores do Estado  orientou os produtores a terem muita cautela na hora de negociar a safra, já que no novo modelo de cobrança, negociar com indústrias que não constem na relação das que assinaram os Termos de Ajustamento de Conduta (TACs), que estabeleceram as novas regras de enquadramento, significará que o produtor poderá ter que arcar com o tributo da venda que for feita a outros estados.

TELEFONIA RURAL
No mesmo programa, apresentado por Alex Soares, o deputado Elton Weber (PSD) falou sobre a longa espera pela regulamentação do novo crédito fundiário, com teto ampliado e exigências de renda nos moldes do Pronaf. Weber, que defende regras regionalizadas para financiamentos que facilitem a negociação de terras entre herdeiros, o ideal seria o sistema já estar disponível no início de 2016, já que a demanda é crescente. O deputado também falou no CR sobre a pressão que vem sendo exercida pelo Parlamento gaúcho nas empresas de telefonia móvel e fixa para que elas atendam o compromisso assumido de oferecer um serviço mais abrangente e de qualidade nas áreas rurais do Estado.

CAVALO CRIOULO TEM EVENTO
Também participou do programa o presidente do Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos de Camaquã (NCCCC), Roberto Crespo, que fez um convite para um evento crioulista que será realizado entre os dias 19 e 20 deste mês, na Fazenda Santa Rita, em Arambaré.

Os demais convidados foram o advogado Valtecir Gama, que falou sobre as prováveis mudanças da lei de porte de armas, o presidente da Feira de Produtores Willi Dummer, que deu informações sobre a produção de uvas em Camaquã, e o agrônomo da SMA, Vilmar Klein Ferreira, que falou sobre a ampliação das inscrições para o Programa de Calcário, prorrogadas para fevereiro de 2016.  O assessor da Secretaria Estadual da Agricultura em Brasília, José Carlos Pires, falou sobre a semana de atividades no DF e destacou os cenários promissores que vêm sendo desenhados por especialistas para a cultura do milho nos próximos anos.


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Por Alex Soares 

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