Os consideráveis
resultados obtidos pelo arroz na balança comercial gaúcha, neste segundo
semestre, foi um dos temas do programa Conexão
Rural (abaixo link com a gravação) do sábado (14). Participante do programa, o vice-presidente da
Federarroz Daire Paiva Coutinho justificou as 813, 4 mil toneladas exportadas
de março a outubro de 2015 pelo Rio Grande do Sul, contra apenas 23 mil
toneladas compradas de outros países, neste mesmo período, pelas indústrias do
Estado, ao conjunto sincronizado de esforços de entidades como Federarroz e
Farsul, juntamente com o IRGA, com o objetivo de promover ações concretas para
ofertar o arroz a outros países. O superávit, destacou Coutinho, “Que representa
um mês de beneficiamento de arroz do Estado, também se deve à menor entrada do
produto do Mercosul, cuja produção apresenta queda nos últimos anos em função
dos crescente custos”.
Daire citou como
exemplo deste novo momento de vendas externas, corroborada, segundo ele, também
por uma postura governamental mais positiva, as garantias recentemente dadas
pela embaixadora de Cuba no Brasil, Marielena Ruiz Capote, de que o comércio de
arroz entre o país caribenho e o RS será mantido, apesar da retomada das
relações de Cuba e EUA. “A vinda dela (da embaixadora) foi um trabalho de
articulação, que envolveu entidades, Irga, gabinete do governo estadual”,
comentou ele. Para o dirigente as negociações que envolvem a retomada das
exportações para Nigéria, com a queda da alta tarifação para entrada do arroz
brasileiro no país africano, como outro marco desta nova concepção de
movimentos, que mira também os mercados mexicano, chinês, peruano e colombiano.
Na contramão deste
novo momento comercial estão dificuldades antigas e outras que surgem. A de
operacionalização é uma delas, segundo Coutinho. Para ele é imperativo, por
exemplo, a definição sobre um terminal portuário exclusivo em Rio Grande para o
escoamento do arroz gaúcho. “Uma logística que de fato seja eficaz é tudo que
precisamos”, comentou, ao também pregar a imediata ampliação do diálogo em relação
a revisão dos custos de produção, principalmente nos itens cobrados pelo setor
público, desproporcionais, segundo ele em relação ao que é oferecido em
contrapartida.
Daire Coutinho: necessidade de um terminal exclusivo para o
arroz no Porto de Rio Grande é questão de necessidade
Sobre as novas regras
relacionadas ao ICMS recolhidos pelo Estado da icadeia arrozeira, o vice-presidente
da entidade que defende os orizicultores do Estado orientou os produtores a terem muita cautela
na hora de negociar a safra, já que no novo modelo de cobrança, negociar com indústrias
que não constem na relação das que assinaram os Termos de Ajustamento de
Conduta (TACs), que estabeleceram as novas regras de enquadramento, significará
que o produtor poderá ter que arcar com o tributo da venda que for feita a outros
estados.
TELEFONIA
RURAL
No mesmo programa,
apresentado por Alex Soares, o deputado Elton Weber (PSD) falou sobre a longa
espera pela regulamentação do novo crédito fundiário, com teto ampliado e
exigências de renda nos moldes do Pronaf. Weber, que defende regras
regionalizadas para financiamentos que facilitem a negociação de terras entre
herdeiros, o ideal seria o sistema já estar disponível no início de 2016, já
que a demanda é crescente. O deputado também falou no CR sobre a pressão que
vem sendo exercida pelo Parlamento gaúcho nas empresas de telefonia móvel e
fixa para que elas atendam o compromisso assumido de oferecer um serviço mais
abrangente e de qualidade nas áreas rurais do Estado.
CAVALO
CRIOULO TEM EVENTO
Também participou do
programa o presidente do Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos de Camaquã
(NCCCC), Roberto Crespo, que fez um convite para um evento crioulista que será
realizado entre os dias 19 e 20 deste mês, na Fazenda Santa Rita, em Arambaré.
Os demais convidados
foram o advogado Valtecir Gama, que falou sobre as prováveis mudanças da lei de
porte de armas, o presidente da Feira de Produtores Willi Dummer, que deu
informações sobre a produção de uvas em Camaquã, e o agrônomo da SMA, Vilmar
Klein Ferreira, que falou sobre a ampliação das inscrições para o Programa de Calcário,
prorrogadas para fevereiro de 2016. O
assessor da Secretaria Estadual da Agricultura em Brasília, José Carlos Pires,
falou sobre a semana de atividades no DF e destacou os cenários promissores que
vêm sendo desenhados por especialistas para a cultura do milho nos próximos
anos.
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Por Alex Soares
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