PRODUTORES E AMIGOS LEVAM PLACA DE HOMENAGEM AO PIONEIRO DA SOJA EM CAMAQUÃ

Um grupo de produtores e profissionais rurais, visitou, na sexta-feira (9), o engenheiro agrônomo Selênio Simões de Oliveira.  Aos 88 anos, Dr. Selênio, como é conhecido, atuou por décadas no Instituto Riograndense do Arroz (IRGA), onde como chefe do 3º Nate, sediado em Camaquã, foi responsável por uma série de iniciativas inovadoras, as quais beneficiaram a produção de arroz regional.

 Liderados pelo presidente da Associação dos Usuários do Arroio Duro (AUD), Almiro Bridi, o grupo levou ao servidor público aposentado a placa na qual o IRGA reconhece a atuação de Selênio. Ao lado do prefeito João Carlos e do secretário municipal da Agricultura, José Carlos Berta Dorneles, Bridi classificou Selênio, de 88 anos, como “O melhor dos melhores” da sua época.

Entre as ações que fizeram de Selênio um dos agrônomos mais respeitados do Instituto no Estado esteve a implantação, na década de 1970, do cultivo de soja em terras de várzea. Espalhado cada vez mais como prática comum entre os arrozeiros, que a consorciam com o arroz, o plantio da oleaginosa em Camaquã teve os seus primeiros passos técnicos embalados pelo trabalho de Selênio, morador de Camaquã desde 1950, vindo de Quarai, sua terra natal.

Formado na Faculdade Eliseu Maciel, Dr. Selênio ingressou em 1961 no IRGA, onde atuou pelo 13º Nate até 1964, ano em que foi transferido para Camaquã, onde permaneceu até se aposentar. Casado com Eny Feijó de Oliveira, Selênio teve três filhas.       

Dr Selênio é casado com dona Eny desde 1957, com que teve três filhas  

Além da aplicação inovadora da soja em terras baixas, Selênio Simões de Oliveira foi um dos criadores Asteca, associação que reúne agrônomos e técnicos agrícolas que atuam em Camaquã. Também sob sua coordenação, o Nate local foi um dos que melhor aproveitaram os benefícios do Programa Pró-Várzea, criado pelo governo federal para incentivar o aumento da produção agrícola.