O que aconteceu com o Internacional, com seu
futebol balançado, ofensivo, organizado. O que aconteceu com o futebol vencedor
do colorado, que matou este mesmo Atlético Mineiro, hoje líder do Brasileirão,
nos mata-mata da Libertadores? Cadê aquele Inter da segunda metade do segundo
semestre? Essa é a pergunta da hora entre os colorados.
Ontem, no jogo que a Meridional transmitiu no
Beira Rio, vimos um Inter que até tentou vencer a Chapecoense, mas de forma
atabalhoada, sem qualidade na última bola, perdido na marcação, errando passes e
fragilizado toda vez que a Chapecoense contra-atacava.
É verdade que não estavam Nilmar, nem Aranguiz em
campo, mas vamos ser honestos, nem sempre eles jogaram no primeiro semestre
também. O triste é que jogadores que viam bem baixaram de produção, como Valdívia,
que ontem perdeu um gol que, há dois meses atrás, faria brincando. Aquela
parceria ali entre Sacha e Lisandro Lopes não está dando certo. Correm demais,
chutam, passam, mas fica só nisso. Nada de algo mais efetivo. O meio campo colorado
perdeu a sintonia com os jogadores da frente.
O Inter empatou com o time catarinense no domingo
que antecede ao Grenal. Está há seis pontos do seu maior rival, que no sábado perdeu
para o Fluminense, jogando com 10 homens durante todo o segundo tempo,
praticamente. Walace foi expulso e não joga o clássico. Deve-se fazer uma
ressalva aqui: o Grêmio foi melhor que o Fluminense na etapa inicial, mas faltou
o gol. E falta gol porque o Grêmio não tem centroavante. Não, Pedro Rocha não é
centroavante.
Quem chega melhor no Grenal? É sim o Grêmio. Pelo
seu desempenho neste brasileiro e por jogar em casa. Mas é aquela coisa: isso
não será combustível para o Inter bater o rival recomeçar uma nova fase?
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Alex Soares
Foto: Fabiano do Amaral
Foto: Fabiano do Amaral
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