segunda-feira, 11 de maio de 2015

COLUNA SEGUNDA-FEIRA, 11 DE MAIO DE 2015


“A minha Camaquã, a minha Arambaré, a minha Chuvisca, a minha Cristal, a minha Costa Doce”

Referências sempre presentes nas manifestações, entrevistas e diálogos de Mendes Ribeiro Filho quando falava da Região.

TRABALHADOR, MEDIADOR, APAIXONADO POR POLÍTICA E POR GENTE: ESSE ERA MENDES RIBEIRO FILHO  

Muita gente passou, neste domingo pela Assembleia Legislativa para se despedir de Mendes Ribeiro Filho. Políticos de alto calibre, como o vice-presidente da República e líder do PMDB, Michel Temer, senadores, deputados, desembargadores, promotores, prefeito, vereadores. 

O governador José Ivo Sartori cedo esteve no local.  E teve gente sem insígnia também, pessoas de todos os matizes e de vários lugares, que em algum momento cruzaram seus caminhos com o político e dele não esqueceram mais.



Cremado no início da última noite, 24 horas após ser vencido por um câncer surgido na cabeça, numa luta que durou 8 anos, Mendes Ribeiro será sempre lembrado da maneira que todos os homens públicos deste país deveriam ser lembrados: com reconhecimento, com carinho, com gratidão. Reconhecimento às lutas que travou na defesa daqueles que jurou honrar, das consequentes conquistas coletivas que o seu trabalhou gerou, e à sua imensa capacidade de fazer política sempre com nível, não desprezando adversários, sem preconceitos, radicalismos  ou ofensas. E mesmo nos momentos em que foi criticado, atacado ou quando se decepcionou com alguém, Mendes aguentava no osso do peito, não ofendia ninguém.

DIFERENÇAS ISOLADAS 
Mendes Ribeiro nunca fez política associada ao ódio. Ao contrário: acreditava que  o entendimento levava à harmonia, que levava à construção de ações verdadeiras que beneficiasse a todos. Vou dar um exemplo disso, bem próximo a nós: Mendes foi um dos caras que o ex-prefeito José Cândido de Godoy Netto mais confiou. Zé Cândido gostava tanto do deputado que em 1998 saiu do seu PDT para apoiar o candidato de Mendes – o então governador Antônio Britto - que tentava reeleição ao governo estadual. O singular prefeito sabia que a decisão colocaria em risco a sua administração e sua reeleição, que tentaria depois. Mas não voltou atrás. Saiu de cena Zé Cândido e entrou o seu ferrenho rival político João Carlos Machado. Mesmo com o PMDB tendo sido vice na chapa do Caudilho, passada a eleição, Mendes deu às mãos a João Carlos e ambos trabalharam juntos nos seis anos que seguiram das suas duas administrações. Zé Cândido nunca se magoou e morreu falando bem de Mendes.

VISÃO POLÍTICA
Quando optou por apoiar Dilma Rousseff na eleição de 2010, fez por uma lógica convicção: sabia que com Dilma, a quem conhecia desde os tempos em que tinha sido deputado estadual, o Estado tinha mais a ganhar. Abraçou Dilma quando ela  estava empacada nas pesquisas, com José Serra caminhando a passos largos rumo à Presidência.  Levou ferro dos seus companheiros, foi vaiado durante encontro num hotel da Capital, mas se manteve firme. E aqui entra um resultado prático desta atitude de se alinhar a Dilma: a inclusão da duplicação da BR-116 entre Guaíba e Pelotas num dos PACs teve importante contribuição de Mendes, que já insistia pela a obra com o Planalto sem Dilma. Com ela na Presidência, Mendes foi mais insistente ainda com a causa.


ESPLANADA
Em 2011, depois de passar pelos parlamentos portoalegrense e gaúcho, onde foi deputado constituinte, por duas secretarias estaduais de governo e estando no seu quinto mandato na Câmara Federal, Mendes Ribeiro foi convidado para ser ministro pela presidente. Era para ser no início do governo, mas a vontade de Dilma foi atropelada pela fome fisiologista dos partidos da base. Ficou quase dois anos na poderosa Pasta da Agricultura, sendo apontado o ministro que deu voz e atendeu a antigos pleitos do pessoal do campo.


A ÚLTIMA ENTREVISTA
Saiu para se tratar da doença que ressurgira com mais força. Em novembro de 2013, Mendes Ribeiro deu sua última entrevista a este repórter. Foi ao final de uma homenagem feita pelo Sindicato Rural de Camaquã, durante a Expofeira daquele ano. Abatido pelos efeitos dos químicos que recebia e com dificuldades para caminhar, já que o tumor avançava e comprometia suas funções nervosas e motoras, Mendes disse que daria um tempo geral e a prioridade era sua saúde a partir de então. Sempre entusiasmado, sorriu, agradeceu e prometeu voltar. Não conseguiu.
Em 2014, já aposentado da Câmara, se recolheu em sua casa com Fernanda. Em meados de outubro, baixou novamente no Hospital São José, da Santa Casa, de onde não mais saiu.

VOTAÇÕES RECORDES 
Mendes Ribeiro chegou à Região na campanha eleitoral de 1994, sua primeira a deputado federal, ao lado de João Osório Martins, seu então colega de Assembleia.Legislativa. Nas eleições de 1994, uma votação modesta. Números que melhoraram em 1998. Já em 2002 foram impressionantes 11.339 votos, aumentados em 2006 para absurdos 15.032  -  41% dos votos válidos dos camaqüenses. Nos demais municípios da região não foi diferente, sempre com votações crescentes e sólidas em Arambaré, Chuvisca, Dom Feliciano e Cristal. Arambaré, que aliás, era o seu lugar preferido nas semanas de veraneio. Ainda sobre esses municípios, especialmente Arambaré, Chuvisca e Dom Feliciano: os acessos asfálticos que chegaram até eles pela RS-350 tem muito da luta do  peemedebista, que pedia a obra a todos os governadores que passaram desde 1990.  


PARA FICAR NA HISTÓRIA 

A partir de agora é imperativo que as lideranças destes municípios comecem a pensar em eternizar com justiça o nome de Mendes Ribeiro em algum local público. 

Verdade que em vida Mendes foi bastante saudado, reconhecido e acariciado pela nossa gente, mas será de muito bom gosto registrar seu nome nestas cidades, num bem público que preferencialmente seja bastante usado pelo povo.

 Para que também as próximas gerações fiquem curiosos sobre quem foi Mendes Ribeiro. Serão homenagens dignas a alguém que gostava muito de gente. Sim, Mendes não apenas trabalhava, defendia e respeitava pessoas, ele de fato gostava de estar com elas e de vê-las felizes.   






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PROCESSO ARQUIVADO
O Ministério Público arquivou inquérito, nascido a partir de denúncia feita por um vereador de Porto Alegre, de que haveria irregularidades no “Projeto Letras e Gols”, que funcionava a partir de um convênio entre a Prefeitura da Capital e o Instituto Ronaldinho. O período de vigência do contrato foi entre 2007 e 2011 e as suspeitas levantadas pelo vereador gerou inclusive uma investigação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e uma CPI na Câmara de Porto Alegre, que também nada provaram.

DANOS E PREJUÍZOS  
Com o nome de uma fundação que geria (a Instituto Nacional América) envolvido na denúncia furada, o empresário Italgani Mendes, que prestava serviços para o Instituto Ronaldinho, pensa agora em mover processo contra o vereador Mauro Pinheiro (PT). Não ficou provado nada contra o Instituto, que promovia atividades esportivas e profissionalizantes para crianças e adolescentes beneficiados pelo programa. “Mesmo sabendo que não se fez absolutamente nada de errado, me sinto aliviado. A pior coisa é ser envolvido em algo de forma injusta, mas uma irresponsabilidade destas (denúncia do vereador) não pode ficar impune e vou buscar sim reparação”, comenta Italgani Mendes.

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ONDE ESTÁ A PÁTRIA EDUCADORA?

Por Nelson Egon Geiger
Advogado.

            No dia 04 o Ministro da Educação em entrevista à imprensa declarou expressamente que não existe mais verba para o FIES. Ou seja, o financiamento estudantil para alunos carentes cursar faculdades particulares. Em contratos novos. Garantiu a manutenção dos contratos já existentes. Mas, também aí, existem problemas com entidades educacionais que subiram as mensalidades além do valor oficializado pelo Governo.

            A entrevista repercutiu na imprensa no dia seguinte. Estudantes que, desde o final do ano passado, para iniciar o curso na Faculdade local, tentavam contratar com o FIES, via “internet”, nada conseguiram. Ressalvadas pequenas exceções logo no início do período contratual.

            Quer dizer, do “slogan” Pátria Educadora, criado pelo segundo mandato da atual Presidente, nada mais resta do uma “fanfarronice”. Terminado o pleito, quando a então candidata à reeleição, em um debate na TV Globo passou verdadeiro vexame com o candidato oposicionista, Aécio Neves, ao responder uma pergunta de aluna de curso superior presente, confundindo com curso técnico, a educação no Brasil deixou de ser exemplo, para ser vergonha governamental.

            O comentário, até o final das eleições, de que “no governo do PT somente não estudava quem não queria”, caiu na real. E o desgoverno Dilma deu verdadeira demonstração do caos que atingiu o erário público após a péssima administração fiscal. Resultado da corrupção generalizada que assolou o País, desde 2006, quando estourou o “mensalão”, no primeiro mandato de Lula.  Para não ficar atrás do padrinho político, também em sua primeira gestão a Presidente Dilma viu rebentar o “petrolão”.

            No terceiro depoimento prestado na CPI da Câmara que apura o “escândalo da Petrobrás” sob investigação da Operação LAVA-JATO, o ex-diretor da empresa, Paulo Renato Costa (ZH de 06 de maio, pg. 12) apontou nome de políticos envolvidos. Um deles o Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). E assim caminha a política petista de administrar. Juntamente com seus aliados, como a ala podre do PMDB (citado). E agora ainda existe a “pedalada fiscal” reclamada pelo TCU. Provavelmente ainda tem muita coisa por surgir.

            Essa é a maneira petista de governar. Incentiva a educação, o que é muito bom. Fez propaganda eleitoral em 2014 em cima disso. E depois, conseqüência dos desmandos administrativos, deixa os alunos em dificuldades para pagar os estudos, retirando verbas do FIES. Incentiva a casa própria para a população carente, e depois da eleição ganha, coloca dificuldades nos financiamentos. É preciso mudar. E como a mudança começa de baixo para cima, é hora de não se eleger ninguém do PT para cargos públicos nas próximas eleições de 2016. Não é verdade?


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MIRANTE

PIADA  - É grande a conversa de que o PMDB se articula para ter candidato próprio na próxima eleição presidencial. Bobagem pura. Esse não é o negócio do PMDB.  
MEGA EVENTO – A Fortral está se preparando para receber a New Holland em Campo, evento nacional da fabricante, que ocorre no próximo dia 28, no Sindicato Rural de Camaquã.

FUMO – Será próxima sexta-feira (15) uma Audiência Pública da Assembléia Legislativa em Camaquã, que vai tratar sobre o preço baixo do fumo pago pelas indústrias nesta safra.  

UNANIMIDADE – Dos três nomes escolhidos por João Carlos como novos secretários apenas um deles teve aprovação cheia do povo: o de Isabela Mendes Garcia (Meio Ambiente).

CAUTELA - Já os de Ailton Fabres e Clayton Dworzeki foram recebidos com certa reserva. Com de Clayton existe até um certo espanto, por sua inexperiência com a realidade do interior.




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