“A minha Camaquã, a minha Arambaré, a minha Chuvisca, a minha Cristal, a minha Costa
Doce”
Referências sempre
presentes nas manifestações, entrevistas e diálogos de Mendes Ribeiro Filho
quando falava da Região.
TRABALHADOR, MEDIADOR, APAIXONADO POR POLÍTICA E POR GENTE: ESSE ERA MENDES RIBEIRO FILHO
Muita gente passou, neste domingo pela Assembleia Legislativa para se despedir
de Mendes Ribeiro Filho. Políticos de alto calibre, como o vice-presidente da
República e líder do PMDB, Michel Temer, senadores, deputados, desembargadores,
promotores, prefeito, vereadores.
O governador José Ivo Sartori cedo esteve no
local. E teve gente sem insígnia também,
pessoas de todos os matizes e de vários lugares, que em algum momento cruzaram
seus caminhos com o político e dele não esqueceram mais.
Cremado no início da última noite, 24 horas após ser vencido por um
câncer surgido na cabeça, numa luta que durou 8 anos, Mendes Ribeiro será
sempre lembrado da maneira que todos os homens públicos deste país deveriam ser
lembrados: com reconhecimento, com carinho, com gratidão. Reconhecimento às
lutas que travou na defesa daqueles que jurou honrar, das consequentes
conquistas coletivas que o seu trabalhou gerou, e à sua imensa capacidade de
fazer política sempre com nível, não desprezando adversários, sem preconceitos,
radicalismos ou ofensas. E mesmo nos
momentos em que foi criticado, atacado ou quando se decepcionou com alguém,
Mendes aguentava no osso do peito, não ofendia ninguém.
DIFERENÇAS
ISOLADAS
Mendes Ribeiro nunca fez política associada ao ódio. Ao contrário:
acreditava que o entendimento levava à
harmonia, que levava à construção de ações verdadeiras que beneficiasse a todos.
Vou dar um exemplo disso, bem próximo a nós: Mendes foi um dos caras que o
ex-prefeito José Cândido de Godoy Netto mais confiou. Zé Cândido gostava tanto
do deputado que em 1998 saiu do seu PDT para apoiar o candidato de Mendes – o
então governador Antônio Britto - que tentava reeleição ao governo estadual. O singular
prefeito sabia que a decisão colocaria em risco a sua administração e sua
reeleição, que tentaria depois. Mas não voltou atrás. Saiu de cena Zé Cândido e
entrou o seu ferrenho rival político João Carlos Machado. Mesmo com o PMDB
tendo sido vice na chapa do Caudilho, passada a eleição, Mendes deu às mãos a
João Carlos e ambos trabalharam juntos nos seis anos que seguiram das suas duas
administrações. Zé Cândido nunca se magoou e morreu falando bem de Mendes.
VISÃO POLÍTICA
Quando optou por apoiar Dilma Rousseff na eleição de 2010, fez por uma
lógica convicção: sabia que com Dilma, a quem conhecia desde os tempos em que
tinha sido deputado estadual, o Estado tinha mais a ganhar. Abraçou Dilma
quando ela estava empacada nas
pesquisas, com José Serra caminhando a passos largos rumo à Presidência. Levou ferro dos seus companheiros, foi vaiado
durante encontro num hotel da Capital, mas se manteve firme. E aqui entra um
resultado prático desta atitude de se alinhar a Dilma: a inclusão da duplicação
da BR-116 entre Guaíba e Pelotas num dos PACs teve importante contribuição de
Mendes, que já insistia pela a obra com o Planalto sem Dilma. Com ela na
Presidência, Mendes foi mais insistente ainda com a causa.
ESPLANADA
Em 2011, depois de passar pelos parlamentos portoalegrense e gaúcho,
onde foi deputado constituinte, por duas secretarias estaduais de governo e estando
no seu quinto mandato na Câmara Federal, Mendes Ribeiro foi convidado para ser
ministro pela presidente. Era para ser no início do governo, mas a vontade de
Dilma foi atropelada pela fome fisiologista dos partidos da base. Ficou quase
dois anos na poderosa Pasta da Agricultura, sendo apontado o ministro que deu
voz e atendeu a antigos pleitos do pessoal do campo.
A ÚLTIMA ENTREVISTA
Saiu para se tratar da doença que ressurgira com mais força. Em novembro
de 2013, Mendes Ribeiro deu sua última entrevista a este repórter. Foi ao final
de uma homenagem feita pelo Sindicato Rural de Camaquã, durante a Expofeira
daquele ano. Abatido pelos efeitos dos químicos que recebia e com dificuldades
para caminhar, já que o tumor avançava e comprometia suas funções nervosas e motoras,
Mendes disse que daria um tempo geral e a prioridade era sua saúde a partir de
então. Sempre entusiasmado, sorriu, agradeceu e prometeu voltar. Não conseguiu.
Em 2014, já aposentado da Câmara, se recolheu em sua casa com Fernanda. Em
meados de outubro, baixou novamente no Hospital São José, da Santa Casa, de
onde não mais saiu.
VOTAÇÕES RECORDES
Mendes Ribeiro chegou à Região na campanha eleitoral de 1994, sua
primeira a deputado federal, ao lado de João Osório Martins, seu então colega
de Assembleia.Legislativa. Nas eleições de 1994, uma votação modesta. Números
que melhoraram em 1998. Já em 2002 foram impressionantes 11.339 votos,
aumentados em 2006 para absurdos 15.032 - 41%
dos votos válidos dos camaqüenses. Nos demais municípios da região não foi
diferente, sempre com votações crescentes e sólidas em Arambaré, Chuvisca, Dom
Feliciano e Cristal. Arambaré, que aliás, era o seu lugar preferido nas semanas
de veraneio. Ainda sobre esses municípios, especialmente Arambaré, Chuvisca e
Dom Feliciano: os acessos asfálticos que chegaram até eles pela RS-350 tem
muito da luta do peemedebista, que pedia
a obra a todos os governadores que passaram desde 1990.
A partir de agora é imperativo que as lideranças destes
municípios comecem a pensar em eternizar com justiça o nome de Mendes Ribeiro
em algum local público.
Verdade que em vida Mendes foi bastante saudado, reconhecido
e acariciado pela nossa gente, mas será de muito bom gosto registrar seu nome nestas
cidades, num bem público que preferencialmente seja bastante usado pelo povo.
Para
que também as próximas gerações fiquem curiosos sobre quem foi Mendes Ribeiro.
Serão homenagens dignas a alguém que gostava muito de gente. Sim, Mendes não
apenas trabalhava, defendia e respeitava pessoas, ele de fato gostava de estar com
elas e de vê-las felizes.
...
PROCESSO
ARQUIVADO
O Ministério Público arquivou inquérito, nascido a partir de denúncia
feita por um vereador de Porto Alegre, de que haveria irregularidades no “Projeto
Letras e Gols”, que funcionava a partir de um convênio entre a Prefeitura da
Capital e o Instituto Ronaldinho. O período de vigência do contrato foi entre
2007 e 2011 e as suspeitas levantadas pelo vereador gerou inclusive uma
investigação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e uma CPI na Câmara de Porto
Alegre, que também nada provaram.
DANOS E PREJUÍZOS
Com o nome de uma fundação que geria (a Instituto Nacional América)
envolvido na denúncia furada, o empresário Italgani Mendes, que prestava
serviços para o Instituto Ronaldinho, pensa agora em mover processo contra o
vereador Mauro Pinheiro (PT). Não ficou provado nada contra o Instituto, que
promovia atividades esportivas e profissionalizantes para crianças e
adolescentes beneficiados pelo programa. “Mesmo sabendo que não se fez
absolutamente nada de errado, me sinto aliviado. A pior coisa é ser envolvido
em algo de forma injusta, mas uma irresponsabilidade destas (denúncia do
vereador) não pode ficar impune e vou buscar sim reparação”, comenta Italgani
Mendes.
...
ONDE ESTÁ A
PÁTRIA EDUCADORA?
Por Nelson Egon Geiger
Advogado.
No dia 04 o Ministro da Educação em
entrevista à imprensa declarou expressamente que não existe mais verba para o
FIES. Ou seja, o financiamento estudantil para alunos carentes cursar
faculdades particulares. Em contratos novos. Garantiu a manutenção dos
contratos já existentes. Mas, também aí, existem problemas com entidades
educacionais que subiram as mensalidades além do valor oficializado pelo Governo.
A entrevista repercutiu na imprensa
no dia seguinte. Estudantes que, desde o final do ano passado, para iniciar o
curso na Faculdade local, tentavam contratar com o FIES, via “internet”, nada
conseguiram. Ressalvadas pequenas exceções logo no início do período
contratual.
Quer dizer, do “slogan” Pátria
Educadora, criado pelo segundo mandato da atual Presidente, nada mais resta do
uma “fanfarronice”. Terminado o pleito, quando a então candidata à reeleição,
em um debate na TV Globo passou verdadeiro vexame com o candidato
oposicionista, Aécio Neves, ao responder uma pergunta de aluna de curso
superior presente, confundindo com curso técnico, a educação no Brasil deixou
de ser exemplo, para ser vergonha governamental.
O comentário, até o final das
eleições, de que “no governo do PT somente não estudava quem não queria”, caiu
na real. E o desgoverno Dilma deu verdadeira demonstração do caos que atingiu o
erário público após a péssima administração fiscal. Resultado da corrupção
generalizada que assolou o País, desde 2006, quando estourou o “mensalão”, no
primeiro mandato de Lula. Para não ficar
atrás do padrinho político, também em sua primeira gestão a Presidente Dilma
viu rebentar o “petrolão”.
No terceiro depoimento prestado na
CPI da Câmara que apura o “escândalo da Petrobrás” sob investigação da Operação
LAVA-JATO, o ex-diretor da empresa, Paulo Renato Costa (ZH de 06 de maio, pg.
12) apontou nome de políticos envolvidos. Um deles o Presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL). E assim caminha a política petista de administrar.
Juntamente com seus aliados, como a ala podre do PMDB (citado). E agora ainda
existe a “pedalada fiscal” reclamada pelo TCU. Provavelmente ainda tem muita
coisa por surgir.
Essa é a maneira petista de
governar. Incentiva a educação, o que é muito bom. Fez propaganda eleitoral em
2014 em cima disso. E depois, conseqüência dos desmandos administrativos, deixa
os alunos em dificuldades para pagar os estudos, retirando verbas do FIES.
Incentiva a casa própria para a população carente, e depois da eleição ganha,
coloca dificuldades nos financiamentos. É preciso mudar. E como a mudança
começa de baixo para cima, é hora de não se eleger ninguém do PT para cargos
públicos nas próximas eleições de 2016. Não é verdade?
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MIRANTE
PIADA - É grande a conversa de que o PMDB se articula para ter candidato próprio
na próxima eleição presidencial. Bobagem pura. Esse não é o negócio do PMDB.
MEGA EVENTO – A Fortral está se preparando para
receber a New Holland em Campo, evento nacional da fabricante, que ocorre no
próximo dia 28, no Sindicato Rural de Camaquã.
FUMO – Será próxima sexta-feira
(15) uma Audiência Pública da Assembléia Legislativa em Camaquã, que vai tratar
sobre o preço baixo do fumo pago pelas indústrias nesta safra.
UNANIMIDADE – Dos três nomes escolhidos por João
Carlos como novos secretários apenas um deles teve aprovação cheia do povo: o
de Isabela Mendes Garcia (Meio Ambiente).
CAUTELA - Já os de Ailton
Fabres e Clayton Dworzeki foram recebidos com certa reserva. Com de Clayton
existe até um certo espanto, por sua inexperiência com a realidade do interior.
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