sexta-feira, 8 de julho de 2011

IDEB PÚBLICO

É no mínimo desafiador para as casas de ensino, mestres, estados e prefeituras a possibilidade de, por força de lei, as escolas públicas serem obrigadas a afixar em suas fachadas suas notas de avaliação do ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).

Tal índice, criado em 2007, tem por meta medir, à cada dois anos letivos, a qualidade do ensino nas redes públicas. Chegar a uma média 6, numa escala que vai de 0 a 10, é o objetivo das autoridades de educação até 2022. Esse é o número alcançado nos países desenvolvidos. Atualmente, fica em 4,9 a média gaúcha entre a 1ª e 4ª séries, 4,1 da 5ª a 8ª e apenas 3,9 a do Ensino Médio. São números muito próximos a da média nacional.

A ideia, porém, lançada pelo especialista em educação Gustavo Ioschpe e abraçada pelo deputado federal Edmar Arruda (PSC-PR), que a transformou em Projeto de Lei. A mesma iniciativa também começa a ser discutida nas Assembleias Legislativa e Câmara de Vereadores. No entanto, na medida em que o debate começa a tomar corpo, o assunto sofre um grande paredão de resistência.

A principal queixa dos contrários é que a divulgação pode gerar constrangimento entre as comunidades escolares de nota mais baixa. Já os defensores da proposta, vêem no placar público, uma forma de estimular o bom ensino e aprendizado.

Seja como for, urge a necessidade de uma maior transparência do nível de ensino que cada escola oferece. Na maioria absoluta dos casos, os pais não fazem a mínima ideia sobre a eficácia do ensino repassado aos filhos em sala de aula. É fato que esses números já são disponibilizados pelo MEC, através do seu site. Mas quantos acessam a página ou sabem disso?

Os contrários à proposta também falam que a divulgação geraria uma natural concorrência entre as escolas. E será que uma disputa saudável também não estimularia a um maior desempenho de escolas, professores e alunos?


Texto de Alex Soares/Editorial Gazeta Regional desta semana

Um comentário:

  1. A discussão sempre é válida, em qualquer campo, mais ainda na educação, mas não podemos nos deixar levar por qualquer opinião sem questionar quem a proferiu e quais as suas visões anteriores sobre o referido assunto. Por isso, proponho que verifiquemos quem realmente é Gustavo Ioschpe (procurem na Wikipédia e vejam a sua real formação - que não tem nada de educação e sim de economia) e leiam um artigo sobre a maneira como ele costuma escrever seus artigos neste link:
    http://anamariamontardo.wordpress.com/2010/02/06/as-falacias-de-gustavo-ioschpe/
    Após poderemos discutir um pouco mais sobre o assunto.

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