sábado, 30 de outubro de 2010

Debate da preservação

Antonioo Lacerda/Efe
O debate da Rede Globo, de ontem, foi o melhor de todos desta campanha. Ou melhor, o menos ruim. Não, não tivemos nenhuma discussão mais acalorada, troca de acusações, saias justas, pegadinhas entre José Serra e Dilma Rousseff. Mas pelo menos consegui escutar eles falando. Não que o encontro promovido pela Globo tenha desnudado a roupagem caricata dos dois construída pela marketagem soberana, mas ao menos ambos tiveram conteúdo. Falaram um pouco do Brasil real e também foram confrontados por ele.

Em todos os debates que vi, observei um Serra bem mais tranquilo do que Dilma. Valeu a experiência de tantos palanques. Ontem foi assim de novo. Dilma cansa rápido. E cansa também quem a ouve. Serra tem a dicção mais suave, porém, quando necessário, é menos contundente que a adversária. E no ditado, ambos resvalaram e não conseguiram dizer controladoria.

O embate de ontem ficou empatado. Divididos em três assaltos, o combate não teve contagem de nocaute, nem hematomas. Foram muito semelhantes os oponentes, assim como o foram em todo o campeonato.

Quando o gongo soou faltando cinco minutos para meia noite, reforcei minha certeza: nunca na história deste país tivemos candidatos a chefe da nação tão ruins, tão pouco empáticos com seus conterrâneos, tão sem sal. Azar o nosso.

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