terça-feira, 28 de setembro de 2010

Última chamada

Aos eleitores que ainda não se definiram e também para aos que já estão decididos, um bom programa para hoje é assistir ao debate final do primeiro turno, na RBS TV.

Depois da novela das 8h, ou das 9h, ou das 9h20, como queiram, José Fogaça (PMDB), Tarso Genro (PT), Yeda Crusius (PSDB) e mais os quatro candidatos sem chances de vitória – Monteserrat, Ruas, Medina e Schneider – estarão falando entre si. É verdade que perde a qualidade essa quantidade de nomes. Mas a democracia também tem seu preço. É o que temos.

Honestamente, espero um debate mais interessante que os demais. Afinal, aqueles que se consideram com reais chances de chegar ao segundo turno – caso de Fogaça e Yeda - e que não estão na melhor posição das pesquisas, precisam tirar a vantagem demonstrada até aqui nas pesquisas pelo adversário Tarso.

Discursos mais incisivos. Ataques. Pegadinhas. É isso que espero. Nada mais do que isso. Porque não são nos programas-shows, montados para o horário eleitoral gratuito, que se conhece os postulantes. É sim no desafio, no contrapé da adversidade, do confronto.

E debates podem mudar uma eleição? Podem e já mudaram muitas vezes. Vide Nixon x Kennedy em 1960, vide Lula x Collor em 1989. E vide também, mais localmente Olívio Dutra x Antônio Britto em 1998.

É verdade que não é caso de agora. Não encontremos nestes nomes que hoje postulam o Piratini comportamentos sagazes e até irreverentes. Para não dizer mais audaciosos como eram Leonel Brizola, Jânio Quadros, Pedro Simon ou o próprio Lula, e outros nomes que se tornaram parte do grande teatro político brasileiro.

Já na corrida ao Planalto, não é diferente. Com a exceção de Plínio de Arruda Sampaio (do PSOL), os presidenciáveis são sisudos demais, não têm sal mesmo.

Talvez na semana final, eles se soltem mais. Hoje tem na RBS com os candidatos ao governo estadual, quinta com os da Presidência. São as emissoras com maior abrangência em suas áreas de atuação. A RBS aqui, a Globo no País.

Se algo vai mudar no destino das eleições depois dos encontros, não se sabe. Mas que é uma ótima oportunidade de conhecer melhor quem quer mandar, não tenho dúvida que sim. Mas para isso, quanto mais os candidatos forem eles mesmos, melhor para o eleitor.

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