terça-feira, 14 de setembro de 2010

Museu? Onde?

Foi destaque no jornal Correio do Povo de ontem o abandono do Museu Parque Bento Gonçalves, em Cristal. Na verdade não são mais novidades as periódicas abordagens feitas por veículos de comunicação do estado e do país denunciando o abondono deste lugar, que deveria servir de referência da participação da região no mais histórico evento estadual – a Revolução Farroupilha.

Construído no final da década de 70, o prédio foi erguido ao lado da casa onde o general Bento Gonçalves morou os últimos dois anos de sua vida. O prédio original foi destruído pelos antigos proprietários, na ânsia de encontrar possíveis tesouros escondidos pelos farrapos.

A réplica, no entanto, reproduz com exatidão a fachada da sede da estância do Cristal. E, logo ao lado, os restos do antigo prédio escondem o verdadeiro tesouro da propriedade: fragmentos da história cotidiana do Rio Grande do Sul no século 19.

E é justamente isso que não é explorado. O lugar lembra tudo, menos a ser o museu o qual o projeto original se propôs. A começar pelo material ali exposto. O histórico é mínimo. Os outros, como a animais empalhados, nada tem a ver com a proposta.

Enfim, quem vai ao Parque Bento Gonçalves se decepciona. Não vai encontrar ali aquilo que espera. Visitantes de fora, cujas idas se tornam mais frequentes nesta época de Semana Farroupilha, levam um cartão de visita nada recomendável da região.

O Parque Bento Gonçalves não é de Cristal. É desta volta aqui que teve relação direta com a revolução e precisa desenvolver seu turismo histórico. Não adianta, porém, isso ser apenas acessório de discursos de campanhas política municipais.

A aplicação do turismo histórico como alternativa econômica da região passa necessariamente pela restauração e pela valorização deste espaço.

Prefeituras, Câmaras de Veeraedores e estado precisam fazer algo urgente para isso.

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