Foto: Olga Ferreira
Foram oito dias no Parque Assis Brasil. Cansa. Mas enfim, mais uma missão cumprida. Daqui, fiz o Rádio Repórter da Camaqüense, de segunda-feira à sexta, e passei boletins para emissora e para Meridional FM.
Ontem foi o encerramento. O dia ensolarado e os números dos negócios acima do esperado fecharam bem a 33ª Expointer.
Com relação ao público é verdade, acabou não se atingindo os 600 mil visitantes esperados. Tinha tudo, aliás, para se atingir, mas o tempo não ajudou. A Expointer teve a companhia da chuva praticamente durante toda a semana de sua realização.
Se formos pegar a Feira como indicador do momento econômico do país e do agronegócio, podemos dizer que a coisa vai bem. Com a exceção da agricultura familiar, todos os setores apresentaram aumento no volume de vendas.
Nas negociações envolvendo animais, foram R$ 5,7 milhões a mais do que na edição anterior, com a comercialização de R$ 14 milhões. Assim, as expofeiras abrem no Interior com excelentes possibilidades de negócios para criadores, já que diante da pouca oferta, a tendência é uma maior valorização do gado.
Nas máquinas, o incremento foi de R$ 32 milhões, atingindo R$ 827, 5 milhões em financiamentos.
Mas a feira também foi positiva para outros setores, como o do arroz, por exemplo. Na sexta-feira, durante a abertura oficial, o governo do Estado anunciou a renúncia fiscal do arroz exportado e o crédito presumido do grão na venda para outros estados de 3% para 3,5%.
Além do anúncio da redução tributária do arroz, a abertura, feita num clima ainda de constrangimento em função da polêmica envolvendo supostas irregularidades no Banrisul, teve fortes críticas ao presidente Lula.
Minutos antes do início da solenidade, o presidente saia do parque, frustrando os produtores que queriam ser ouvidos por Lula na tribuna.
Aliás, a visita de Lula ao parque de Exposições, mereceu um capítulo a parte nesta feira. Teve até gente chorando depois de não conseguir tocar no presidente. Mas também teve vaias – dos criadores que tiveram o pavilhão fechado durante a visita.
Política à parte, um momento da solenidade de sexta-feira, que antecedeu ao desfile dos grandes campeões, chamou a atenção. Foi a quantidade de aplausos ouvida quando foi anunciado o nome do camaqüense João Carlos Machado. Ele recebeu a Medalha Assis Brasil, disputada distinção dada pelo Estado àqueles que ajudam a escrever a história do campo. Foi merecido o reconhecimento ao ex-secretário e ex-prefeito. Bastante merecido.
Quero agradecer a todos os parceiros patrocinadores que viabilizaram essa cobertura da Rede Meridinal À Cesa Camaquã, através de sua Associação de Funcionários, à Centeno Companhia das Motosserras, Sindicato Rural de Camaquã, Fundasul, Afubra, AUD e Hidrosul.
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