sábado, 18 de setembro de 2010

Lama sem fim: CC de Erenice recebeu R$ 200 mil de propina na Casa Civil, diz Veja

Vinícius de Oliveira Castro, que se demitiu na segunda-feira da Casa Civil, depois do estouro do escândalo da TMA –Casa Civil,
Embolsou R$ 200 mil como propina pela compra emergencial feita pelo governo federal de Tamiflu, em junho do ano passado. É o que afirma reportagem da Veja desta semana.

Castro, apadrinhado da ex-ministra Erenice e sócio do filho dela Israel, teria recebido o dinheiro (vivo) para se calar sobre a compra superfaturada do remédio, que custou aos cofres públicos R$ 34,7 milhões.

Vinícius teria se desconcertado ao se deparar com o dinheiro dentro de um envelope em sua sala na Casa Civil, a poucos metros do gabinete de Erenice. "Caraca! Que dinheiro é esse? Isso aqui é meu mesmo?", teria perguntado a um colega do órgão. "É a 'PP' do Tamiflu, é a sua cota. Chegou para todo mundo", foi a resposta do colega, segundo a "Veja".

PP é a sigla usada para pagamentos oficiais do governo.
A um tio, Vinícius teria confidenciado o pagamento da propina antes que o assunto viesse à tona na imprensa.

"Foi um dinheiro para o Palácio. Lá tem muito negócio, é uma coisa. Me ofereceram 200 mil por causa do Tamiflu", teria dito a Oliveira. Além disso, de acordo com a "Veja", teria contado que outros três funcionários da Casa Civil também receberam pacotes com igual quantia de dinheiro.

Mais propinagem
A reportagem da "Veja" afirma ainda ter apurado outro caso de corrupção na Casa Civil, este tendo o marido de Erenice, o engenheiro José Roberto Camargo Campos, como lobista, em negócio avaliado em R$ 100 milhões de reais.

Outra acusação feita na reportagem é a de que Israel Guerra, filho de Erenice, teria cobrado propina de um corredor de motocross que era patrocinado pela Eletrobrás, estatal sob a influência da mãe. Do patrocínio de R$ 200 mil, o motoqueiro Luís Corsini afirma ter pagado R$ 40 mil a Israel.

O mesmo Israel, que perdeu o cargo após acusações de tráfico de influência, levou amigos para trabalhar na Casa Civil quando o ministério era comandado por Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência.

Israel Guerra e dois amigos são apontados por empresários como o "grupo do lobby" que usava uma empresa privada para intermediar reuniões, viabilizar projetos e liberar recursos no governo.

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