O professor de hoje deve fazer a diferença na vida do aluno. Essa foi a frase mais repetida pelos palestrantes durante o 9º Seminário Nacional de Educação da Rede Municipal de Ensino de Camaquã realizado dias 5 e 6 de agosto, no auditório do Colégio Pastor Dohms. O encontro contou com renomados profissionais com diferentes formações e experiências diversas que trouxeram aos educadores uma pausa para refletir sobre o ensinar e o aprender abordando o tema “Ressignificar a Educação: Desfazendo os Nós e Fortalecendo os Laços”.
No evento realizado pela Prefeitura e Secretaria Municipal de Educação a palestra de encerramento do filósofo, teólogo, cantor e professor Adroaldo Lamaison mostrou a todos que é possível sim fazer a diferença não só na vida do aluno mas também nas demais vidas que nos cercam.
Intercalando músicas tocadas ao violão com conselhos e reflexões, Lamaison contou sobre a sua história de vida e sobre a importância que o professor tem na vida de cada aluno: “Meu professor de matemática fez a diferença na minha vida, graças a ele eu sou uma pessoa melhor hoje e cada pessoa tem o poder de ser um agente de mudanças”, enfatizou.
Entre os pontos destacados por ele, despertar o prazer pelo aprendizado, pela leitura, por fazer o bem e ser uma pessoa solidária são pontos chave para que o jovem de hoje esteja mais preparado para a vida no futuro: “Devemos educar para desenvolver a inteligência e não apenas a memória.
Com qual objetivo educamos nossos jovens hoje? Para o vestibular, para conseguir emprego, para ser rico ou para a vida?”, questionou. Para o filósofo a solução está muito na alegria e na paixão que o professor demonstra pela sua profissão e pela educação: “Motivação é contagiante e os alunos captam o estilo do professor já no primeiro dia de aula”.
Na abertura do evento, a palestra sobre o tema central com o bacharel e licenciado, mestre em Geografia Humana e doutor em Educação, Valther Maestro, prendeu a atenção dos participantes sobre como os recursos da modernidade afetam a educação.
Valther comparou as gerações como analógica e digital. “A geração atual, digital, gosta de por a mão na massa, gosta de saber do que se trata antes de ler sobre o assunto. Os jovens de hoje gostam do contato físico, vivem empoleirados, e gostam de usar as tecnologias.
Possuem foco no sucesso pessoal e, para isso, buscam referências. E essa referência deveria ser um professor. E nós temos todas as condições de voltar a ser referência, mas precisamos trabalhar para isto”, complementa.
Maestro seguiu o sonho de ser professor e trocou de curso antes mesmo de se matricular. Após ter passado em primeiro lugar para medicina no vestibular da USP, abriu mão do sonho de sua mãe e cursou a faculdade de Geografia.
Ele comenta que na escola existem três tipos de professor: “O dador de aulas, que só transmite o conteúdo, o que profetisa, e que é só ouvi-lo e segui-lo, e o educador, que é o que consegue transmitir a informação e transformá-la em conhecimento”.
(Gabriela Brito/Assessoria Imprensa Prefeitura de Camaquã)
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