sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Meio ambiente: atuação local e global

* Marcus Vinícius Vieira de Almeida

A chegada de 2010 propicia um convite à reflexão – tanto para a análise daquilo que se passou quanto para as projeções dos caminhos futuros. Na virada de 2008 para 2009, por exemplo, as incertezas provocadas pela crise fizeram com que as perspectivas se voltassem ao campo da economia. Passada a fase mais aguda das turbulências financeiras, é hora de questionarmos: o que a sociedade espera do ano que iniciou?

Durante a Conferência de Mudanças Climáticas promovida pela Organização das Nações Unidas em Copenhague, parte dessa pergunta foi respondida. Apesar do acordo entre os líderes globais ter fracassado, ficou comprovado que a questão ambiental pautará irremediavelmente os debates a respeito do desenvolvimento mundial daqui em diante.

Essa discussão, contudo, não pode ficar restrita a pontos longínquos do mapa-múndi, onde são estabelecidas metas que pouca relação têm com o dia-a-dia de nossa população. Embora a ciência envolvida seja complexa, os problemas do clima atingem a todos e, por isso mesmo, devem ser resolvidos por todos – do chefe de Estado ao gestor municipal, do diretor de uma multinacional ao pequeno empresário.

Os Prefeitos gaúchos estão atentos a isso e realizam, no próximo dia 22 de janeiro, uma assembleia em Tramandaí que tratará do assunto. Estamos motivados a avançar na questão, dada a quantidade preocupante de catástrofes naturais que sofremos no Estado neste ano: tempestades torrenciais, secas e estiagens históricas, ventos potencialmente destruidores. Todos esses fenômenos afetaram diretamente a vida em nossas comunidades, tanto econômica quanto socialmente.

Nosso desejo é de que 2010 seja um ano de desenvolvimento de uma ampla gama de políticas ambientais, tendo em vista o efeito estufa, a poluição e outros males que afetam a natureza. Trata-se de um problema que só será vencido se as ações macro forem acompanhadas pelo trabalho local, com medidas voltadas ao cotidiano de nossas comunidades, famílias e cidadãos.

Além de “muito dinheiro no bolso e saúde pra dar e vender”, que o Ano Novo traga uma nova consciência ambiental. A todo o Planeta, mas especialmente a cada um de nós.

*Presidente da Famurs e prefeito de Sentinela do Sul

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