
Entretanto, para poder contrariar a prática inaugurada no governo Germano Rigotto (PMDB), a equipe de Yeda Crusius deverá recorrer a um velho expediente: se socorrer ao caixa único do Estado, que reúne as receitas de todas as secretarias para compromissos bem específicos. Ao sacar dinheiro do caixa único para saldar uma despesa vultuosa como é a folha de pagamento, a conta naturalmente é desfalcada. E ai é que entra o comprometimento da menina dos olhos do governo Yeda: o déficit zero. Pelos cálculos, por conta das marolas da crise, o Estado deverá fechar em cerca de 6% a menos o montante de receitas esperado. Pouco se for considerado isolado, muito quando se fala em 25 bilhões.
Além da corrida ao caixa único, outro efeito deste desequilíbrio será a diminuição dos investimentos, principalmente em obras e serviços. Dos 1,2 bilhão previstos para pavimentação em 2009, nem a metade deste dinheiro foi investido até aqui. E olha que faltam apenas dois meses para encerrar o ano. E ai a gente pensa e ficamos apreensivos quanto ao sonhado asfaltamento da RS-350, que liga Arambaré a Camaquã, ou na recuperação da RS-717, BR116-Tapes. Aliás, tapar os buracos desta rodovia é mais do que urgente, já ela está quase intransitável. E diga-se: não se entende como uma estrada de fluxo intenso como essa chega ao ponto que chegou. Segundo as autoridades municipais e estaduais, este serviço de reparação já está licitado e as máquinas em breve deverão começar a trabalhar. E que isso comece o mais rápido possível.
Se Yeda irá ou não à reeleição, isso é uma questão partidária, bem política. Mas torcemos, para o bem de todos, que estas virtudes que tem feito do seu governo um governo diferente em relação ao demais, prosperem. Oxalá!
Caro Alex!
ResponderExcluirMuito boa tua matéria, apenas tenho uma observação. O R$1,2 bilhão se refere ao total de investimentos e não apenas pavimentação.
Att.
Luciano Delfini