segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Bastidores de uma acusação

Está em curso na prefeitura de Camaquã uma sindicância para apurar a denúncia de um suposto caso de assédio sexual, envolvendo um secretário municipal e uma servidora municipal. Paralelamente, na Polícia Civil corre inquérito que investigam as mesmas denúncias.

Apesar de a imprensa local não ter dado nenhuma linha ao caso específico, o tema, no entanto, foi tratado publicamente de forma genérica depois de um vereador da oposição entrar com um projeto para coibir a prática deste tipo de abusos nas repartições municipais. O projeto não passou. Peca pela redundância, já que existe legislação bem definida para este tipo de abuso.

Este Blog no entanto, foi em busca de informações e, no fim de semana ouviu pessoas ligadas ao acusado e acusadora, já que envolve agentes e ambientes públicos. Depuradas todas as versões, este repórter relata a que entende ser a mais próxima da realidade. Os dados abaixo pretendem fazer aquilo que o bom jornalismo recomenda: neutralizar a boataria que acaba poluindo uma comunidade, distorcendo a realidade e detonando com reputações.

A acusação
* No dia 3 de agosto deste ano um secretário municipal solicitou que uma funcionária do setor o acompanhasse em uma pequena viagem ao interior do município a fim de fazer um levantamento de rotina. Isso aconteceu.
* No dia 28 de setembro, o seja, quase dois meses depois, a mesma funcionária entra com uma queixa na polícia acusando o chefe de tê-la assediado durante a ida ao interior. O caso também para na Secretaria de Administração que abre uma sindicância. Em outubro, ambos são afastados até que se chegue a uma conclusão.

Cobranças
De acordo com pessoas ligadas à secretaria ouvidas por este repórter, a funcionária (de carreira) mostrava há tempos disposição em sair do setor, onde já atuava há cerca de cinco anos. A denúncia de assédio somente foi consumada após este secretário ter lhe cobrado por inúmeras vezes uma postura mais profissional. No dia 28, após a cobrança de um convite oficial que não chegou às mãos do secretário o clima ficou pesado.

Normal
Num caso como este, no qual a fantasia se potencializa na medida em que o assunto vai se popularizando, detalhes reais merecem ser resgatados, já que são pertinentes.
Na chegada da viagem ao interior (28 de setembro), de acordo com as pessoas ouvidas por este repórter, nenhum traço de amargura ou indignação foi notado no comportamento da suposta vítima. Geralmente vítimas deste tipo de abuso no mínimo ficam retraídas, caladas.

Acusadores
O secretário acusado é também um dos que mais foram rejeitados quando foi anunciada a equipe do atual governo de Camaquã. A mudança de secretário e dos diretores gerou muita inconformidade entre os que ali já vinham atuando há anos. A principal testemunha pró-acusadora é um ex-CC demitido um mês antes da formalização da denúncia. Já o advogado dela é seu ex-chefe do mesmo departamento que vinha atuando.

Um comentário:

  1. O pré-sal também é nosso

    Yeda Crusius
    Governadora
    No início da exploração petrolífera no País - que quase completa um século - e na criação da Petrobrás, em 1953, o professor Otacílio Rainha criou um lema que se perpetuaria na história política brasileira: "O petróleo é nosso". Naquela oportunidade, esse slogan resumia bem uma batalha ideológica que se estabelecia entre nacionalistas e defensores do capital estrangeiro, então rotulados de "entreguistas".

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