quinta-feira, 8 de outubro de 2009

20 anos depois

Era outubro de 1989 e o país ainda se adaptava aos novos ares da democracia. Um mês depois haveria a primeira eleição presidencial depois de 29 anos. Eleição esta definida pela Constituição Brasileira, promulgada um ano antes pelo Congresso Nacional. Em todos os cantos fervilhavam discussões e novas ilusões. E decepções também se desenhavam num horizonte próximo.

Mas, enfim, o Brasil podia falar. Nos pampas sobravam expectativas – principalmente em torno das chances de um novo gaúcho assumir o controle político do Brasil. Leonel Brizola não venceu, sequer passou para o segundo turno, mas uma data ficou marcada para sempre naquele interminável outubro de 1989. Já era noite do dia 3, quando o Rio Grande do Sul comemorava a conclusão de sua Carta Magna.

Vinte anos depois, aquele que foi o seu relator, o agora parlamentar federal Mendes Ribeiro Filho voltou a usar o espaço que lhe catapultou para uma sólida carreira política. Foi na tarde desta quarta-feira, na Assembleia Legislativa, quando o peemedebista recebeu a Medalha do Mérito Farroupilha. A distinção lembrou os 20 anos da Constituição Estadual e homenageou os 55 nomes daquela divisora legislatura.

Detalhe interessante é que Mendes Ribeiro tinha uma das funções mais importantes daquele trabalho e era o deputado mais jovem da 47ª turma de deputados gaúchos – tinha 35 anos quando a Constituição Estadual foi promulgada.

"O Brasil estava em silêncio. De repente, começou a falar. Muitos eram os desejos, assim como encaminhamentos de proposições" (2.728 precisamente), lembrou ele na tribuna, ontem. "Foi gratificante, foi algo que qualificou minha carreira política”, complementou Mendes Ribeiro, que depois da promulgação se tornou líder do governo Pedro Simon e, mais tarde, chefe da Casa Civil do governo Antônio Britto (1994-1988).

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