A terça-feira avança nublada no Parque Assis Brasil. Se por um lado a ameaça de chuva pode ser prenúncio de diminuição de público, por outro ela alivia a aflição causada pelo calor àqueles que atuam na feira. Se deslocar de um ponto a outro num parque com as dimensões do Assis Brasil (150ha) às vezes pode ser complicado, cansa. Para os mais gordinhos é bom, já que se perde alguns quilos nos dez dias de feira. Um amigo meu as secretaria, inclusive, me disse que perde 13 quilos por feira. Mas o detalhe é que ele tem 180 e mede uns dois metros. Proporcionalmente é como se eu perdesse algumas gramas.
Mas falando na feira em si, o balanço oficial indica que até ontem, já tinham circulado na feira 84,5 mil visitantes. As máquinas, em função dos financiamentos estão bombando nas vendas e volume de negócios de animais chegou a aproximadamente 4 milhões. O Pavilhão da Agricultura Familiar faturou durante o primeiro fim de semana R$ 140 mil. Já a exposição de artesanato, no mesmo período, teve um faturamento R$ 154,3 mil com 7 mil peças vendidas.
Falei a pouco com o produtor rural André Berta, parceirão de várias expointers e que cria Charolês em Camaquã. Aliás, o André é um dos lutadores da tradição da raça e um dos lideres da associação nacional. Na entrevista que coloquei no ar nas rádios, ele observou vendas menores em cerca de 10 % do registrado no primeiro final de semana do ano passado. Berta e outros produtores que conversei são unânimes em apontar os efeitos da crise americana como motivo para isso.
Depois do trabalho, confraternizações não faltam nos estandes. Matérias fechadas, estive ontem à noite em duas com colegas da secretaria. A primeira foi na empresa Ouro Fino, que ofereceu um excelente jantar ao pessoas da organização. Depois, na Casa do Gaúcho, tivemos o tradicional jantar do peões. Enquanto o churrasco rolava o músico Valmir Martins mandava brasa do microfone. Um belo e barulhento encontro, que serviu também como uma providencial parada para reabastecimento.
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