segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O show vai começar

Foto: Lauro Alves
Vamos nos organizar. A semana começa então assim: A ação civil de improbidade do Ministério Público Federal que, na semana passada, indiciou mais nove nomes, além dos já confirmados, está nas mãos da discreta juíza da 3ª Vara Federal de Santa Maria, Simone Barbisan Fortes (foto). No sábado de madrugada, o processo foi parcialmente conhecido através da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que tinha recebido cópia.

A Zero Hora deste domingo reproduziu o que foi repassado pela OAB. Mas são as 40 páginas do processo não protegidas pelo sigilo. Do que interessa mesmo, que é a atribuição dada pelo MPF à cada um dos nove citados, nada.

Neste domingo, a governadora Yeda Crisius apresentou, no Palácio Piratini, o advogado que irá lhe defender no processo. Tra-se de Fábio Medina Osório. “É uma monstruosidade jurídica a ação contra a governadora”, criticou. Medina tentará tirar o nome da cliente do processo, que corre na Vara Federal de Santa Maria.

Paralelamente, a CPI na Assembleia deverá tomar forma real nesta semana, com a nomeação de seus integrantes. O primeiro efeito prático disto é a saída do deputado Ferfran Rosado (PPS) do governo para reforçar o time governista no parlamento. A oposição está que não se segura de tanta empolgação. Se preparem para o show.

E assim começamos mais uma semana de uma campanha eleitoral ineditamente antecipada nos pampas. Da semana que passou. Cabe registrar ainda três momentos que marcaram isso tudo:

1. O primeiro diz respeito aos deputados adversários do governo, que na quarta-feira à noite, comemoraram intensamente num restaurante de Porto Alegre a entrevista dos procuradores. No dia seguinte, empanturrados de tanta emoção, “lamentavam profundamente” o que estava acontecendo no Estado.

2. A segunda cena foram os foguetes disparados pelos aloprados do PSol em frente ao Palácio, também na tarde de quarta-feira. A leviandade é compreensível, já que o que menos importa mesmo para esta gente é o próprio Estado.

3. E o terceiro ato são os deputados da base do governo – entre os quais parlamentares do PMDB e PP - fazendo pose para assinar a CPI, depois de sua instalação tornar-se irreversível.

Mais uma vez, cabe o alerta: se preparem para o show.

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