segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Federal ou estadual?

Entramos no mês da Expointer e agora o bicho vai pegar para aqueles que, como este signatário, trabalharão neste gigantesco evento. Enfim é agosto e agora também já faltam apenas cinco meses para o outro ano. E como o pai do existencialismo Soren Kierkegaard registrou certa feita - que "A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para frente”, vamos tocando.

Hoje alguém me cobrou: “Pô Alex, só vejo tu elogiando o Molon”. Não é verdade.Muitos falam bem da administração do peemedebista em Camaquã. Mas deixa eu fazer um esclarecimento: me coloco neste momento mais na condição de alguém que realmente quer ver a coisa dando certo do que na de analista. Informar ou opinar com isenção e qualidade requer,fundamentalmente, acompanhamento – seja do todo, seja do contexto – permanente. E admito que, pela distância e pelas novas atribuições não estou conseguindo estar antenado com o que acontece nos bastidores da política local. E quando alguma informação a cerca disso for repassada aqui, saibam que ela terá sido bem processada antes de ser divulgada.

Neste momento estou sim, pela força do ambiente, sintonizado nos bastidores da política estadual. Os desdobramentos atuais serão decisivos para a formação das composições e das candidaturas de 2010. 'Quem', 'como' e 'com quem' são as perguntas mais recorrentes deste período. E no meu caso, como assessor, ela vem bem endereçada. O que João Carlos fará no ano que vem?

Bom, dentro da transparência que este espaço se esforça em ser caracterizado, vos digo: não sei. Não sei mesmo e talvez nem ele ainda saiba. Uso o talvez porque o secretário da Agricultura é na dele e, mesmo na política da aldeia, sempre revelou suas empreitadas políticas na última hora.

Uns dizem que o ex-prefeito teria uma eleição garantida para Assembléia Legislativa. Outros acham que ele deveria concorrer a deputado federal. E há inclusive um grupo que sonha com sua candidatura ao Palácio Piratini. E em se tratando de especulações, essas coisas mudam rápido.

Mas no retrato atual, se há duas semanas era dado como certo o futuro lançamento do pepista para uma vaga no legislativo gaúcho, a semana passada se encerrou com a forte perspectiva dele ser postulante a uma vaga na Câmara Federal. A pressão vem de figuras consagradas do partido, entre as quais prefeitos e ex-prefeitos de diversas regiões. E mesmo que não seja escancarado, reforçam também o coro prefeitos de outras siglas, os quais passaram a conviver com o secretário nestes últimos dois anos.

Mas por que existe tanto interesse sobre o destino político de João Carlos Machado? Elementar meu caro. Uma candidatura do pepista a federal desmonta todo o organograma de votação da região, dominada pela crescente e expressiva votação do PMDB de Mendes Ribeiro Filho. Ou melhor: o Mendes Ribeiro, do PMDB. Mas outros também sofreriam abalos, em maior e menor escala.

João Carlos não revela suas intenções. O fato é que não deverá ficar sem concorrer. E uma das justificativas apresentadas por aqueles que o querem na nominata federal tem a ver com seu perfil. Acham que ele pouco se adaptaria na Assembléia, onde os parlamentares quase nada de autonomia possuem. Na Câmara, segundo esses entusiasmados apoiadores, João Carlos, além de ser mais uma voz em defesa do agronegócio, teria mais opções para realizar um mandato de resultados.

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