segunda-feira, 13 de julho de 2009

É complicado mesmo

A imprensa gaúcha publicou hoje as suspeitas do Palácio Piratini de que por trás da permanente onda de denúncias contra o governo Tucano esteja o ministro da Justiça, Tarso Genro (PT). A matéria não cita fontes, mas deixa claro que a suspeita é voz corrente entre os aliados.

Nada de novo. A realidade é que entre aqueles que acompanham política, a elaboração deste link é natural. Tarso quer ser governador do Estado e nos próximos dias isso ficará oficializado. Chefe da poderosa máquina da Justiça pública governamental, tem acesso privilegiado a dados e processos. E também a autoridade para trancar, acelerar ou tornar público aquilo que julgar necessário – pública e politicamente.

O ministro-candidato até pode dizer que isso é uma paranóia, que a Polícia Federal age “serena e independentemente”, conforme nota-resposta publicada também nesta segunda-feira. Pode até ser. Sim, falando especificamente em sua atuação no RS, a PF tem feito um trabalho exemplar no que se refere ao governo estadual e às suspeitas de irregularidades que sobre ele recaem. Oxalá que sempre a PF trabalhe assim, com todos os governos. O problema é que no presente essa mesma polícia é tutelada ao gabinete de um ministro que declaradamente é candidato ao mesmo governo deste estado. É complicado e isso e óbvio, passível de todo o tipo de ilações.

Assim como também é complicado o interesse e a participação da deputada federal Luciana Genro (PSol) em todo esse processo. Luciana diz que viu vídeos comprometedores, mas não disse como conseguiu. Ela é filha de Tarso. Não são do mesmo partido, mas se dão muito bem, além de que nos pampas, os seus adversários são os mesmos.

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