quarta-feira, 11 de março de 2009

Dívidas

Na segunda-feira, o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza disse não haver nenhuma investigação contra a governadora Yeda Crusius no Ministério Público Federal. Para que isso ocorresse seria necessário o aval do órgão que chefia, já que governadores possuem foro privilegiado. Ontem foi divulgado que o assessor Marcelo Cavalcante possuía uma dívida de R$ 300 mil – a maior parte referente empréstimos bancários. Em depoimento na polícia a companheira de Cavalcante disse que o motivo da briga do casal, antes dele desaparecer, teve como causa a questão financeira.
Com isso, as denúncias do PSol se fragilizam mais ainda.

Um comentário:

  1. RESPOSTA PÚBLICA
    Em resposta pública à matéria publicada na edição 536 de Carta
    Capital, sob o título de capa “Yeda em Xeque” e de texto (págs.
    38/40) “Aperta o cerco à governadora”, no exercício da liberdade de
    opinião e na obrigação de restaurar a verdade dos fatos, a Assessoria
    de Imprensa do Governo do Estado do Rio Grande do Sul declara:
    1. Não é a primeira vez que a revista explicita seu
    posicionamento político, no que tem todo o direito. Todavia,
    a publicação incorre, desta vez, também em indução dos
    leitores ao erro – para dizer o mínimo –, pois que toma para
    si a responsabilidade de assumir em manchete os fatos
    denunciados pelo PSOL, sem qualquer prova. Veja-se: o
    PSOL não apresentou provas e a Carta Capital também não
    apresentou provas! Logo, é inaceitável, do ponto de vista
    técnico e político, o seguinte destaque no texto:
    “DENÚNCIAS PROVADAS, YEDA ALVEJADA” (pág.
    40);
    2. O “silêncio retumbante” que o texto atribui à governadora
    foi na verdade o silêncio que a própria Carta Capital impôs
    – como tem sido sua prática – ao publicar a matéria sem
    antes oferecer à governadora ou à sua assessoria a
    oportunidade de dizer uma só palavra, elementar direito ao
    contraditório. Liberdade de imprensa irresponsavelmente
    exercida: eis o ponto! Ora, basta ver que a abordagem da
    revista simplesmente faz um salto – esquece – o período em
    que o Detran (criado em 1997 durante o governo Britto) foi
    gerido pelo governo Olívio Dutra (1999/2002).
    Procedimentos de comunicação dessa ordem foram
    utilizados fartamente durante o período de Stalin, na Rússia,
    quando se excluíam mecanicamente da foto aqueles a quem
    não lhes interessava registrar. No período democrático,
    porém, essa prática é abjeta;
    3. Na obrigação de restaurar o fluxo de informações para os
    leitores, registramos que está comprovado que o Ministério
    Público Federal não repassou supostas provas de qualquer
    investigação em curso a representantes do PSOL. O
    procurador Adriano Raldi declarou à imprensa gaúcha que o
    Ministério Público não deu acesso a expediente
    investigatório, nem deu a conhecer qualquer áudio, vídeo ou
    documento de delação premiada ao vereador Ruas - o
    mesmo que utiliza “carro fantasma” para não pagar
    impostos e multas (veja reportagem....) -, nem à deputada
    Genro - a mesma que escorada em mandato parlamentar e
    conclama a imprensa para apresentar denúncias sem provas
    –, nem ao presidente ou a qualquer outro representante do
    PSOL. A Procuradoria da República ofereceu ao exsecretário
    Aod Cunha, outra vítima da mesma matéria,
    certidão de que na jurisdição gaúcha do Ministério Público
    Federal não há qualquer expediente investigatório a
    envolvê-lo;
    4. Exatamente por isso, em 26 de fevereiro passado, a
    governadora solicitou audiência, e antecipou ao Procurador-
    Geral da República, em correspondência pública datada de 4
    de março, a profunda indignação com o aproveitamento
    político-partidário da instituição sob o seu comando,
    colocando-se, com seu governo, à disposição para tudo o
    que for necessário em nome da justiça. Mas a matéria,
    embora reproduza partes desta correspondência,
    propositadamente subtrai do leitor, porque quer imputar
    inação, o pedido de audiência e a disposição do governo em
    colaborar com o Ministério Público Federal, comprovando
    não a liberdade de edição, mas sim a manipulação da
    informação para a indução a erro do leitor. Isso,
    infelizmente, coloca a revista e seus editores em categoria
    depreciada de publicação que se pretenda “séria”;
    5. A verdade tudo isso foi motivado pelo ranço nascido de uma
    conquista. O governo e a sociedade gaúcha comemoram o
    “zeramento do déficit fiscal” de longos 37 anos, o que
    significa pagar as contas todas em dia; a “antecipação do 13º
    salário”, em dezembro de 2008, já escancarada a crise
    mundial, com recursos próprios depois de muitos anos em
    que isso era feito por empréstimos; o pagamento de todos os
    fornecedores em atraso, inclusive de mais de ano; o
    pagamento de precatórios, em atraso, por mais de década, a
    começar do zeramento daqueles de pequeno valor; o
    pagamento das obras da Consulta Popular, honrando o voto
    da população em suas prioridades, em atraso de mais de 6
    anos, eliminando o caráter de aparelhamento daquelas
    votações e tornando-as resultados concretos e valorizados; a
    isenção total de pagamento de ICMS para 82% das
    empresas, já que micro e pequenas o são, com o Novo
    Simples Gaúcho; o pagamento de aumentos salariais de
    19% a 33% aos servidores públicos, esperados por leis
    aprovadas em 1995 e nunca atendidas, passando por todos
    os governos, o de Olívio incluído, mas somente honrados
    pelo Governo Yeda; a alocação de 2,5 bilhões de reais para
    investimentos em 2009, ano da crise global que forçou os
    governos federal, e muitos governos estaduais em
    contingenciarem seus orçamentos em 2009; a celebração de
    ter sido o Rio Grande do Sul o Estado que mais criou
    empregos em 2008 (dado...); a celebração de ter sido o
    município de Porto Alegre, concentradamente ativo em
    serviços públicos e outros serviços como o comércio, a
    capital do Brasil que registrou menor diferença entre salário
    de homens e mulheres, devido a sustentação de políticas
    sociais e de renda praticadas pelo Governo de finanças
    equilibradas; a decisão dos Hospitais do Estado de
    declararem 2008 o melhor ano da história para o setor,
    porque recebem em dia em maior volume todos os
    pagamentos do Governo para a Saúde Pública; a redução de
    20% da mortalidade infantil em janeiro. Ou seja, bastou
    terem sido divulgados estes históricos resultados em meio a
    outros que revertem para a população o uso do dinheiro
    público arrecadado, para que a oposição se arregimentasse
    com movimentos grevistas, campanhas de mídia
    difamatórias e censuradas pelo Ministério Público Estadual,
    versões fantasiosas da morte de Marcelo Cavalcante e a
    formulação furiosa destas denúncias em questão sem
    provas;
    6. Quando a chamada “Operação Rodin” da Polícia Federal
    eclodiu, aos dez meses desse Governo, a oposição, não teve
    como atribuir qualquer responsabilidade à governadora
    mesmo depois de vários meses de funcionamento de uma
    CPI sem regras que lhe serviu de palco político com farta
    divulgação de supostas denúncias. Por conta disso, alardeou
    aos quatro cantos, com a mesma veemência e alegada
    “veracidade” de agora, exigindo imediatas “provas em
    contrário”, a existência de “cheques em poder da polícia
    federal” (sic oposição) que comprometeriam a lisura da
    compra da casa da governadora. Eis que a criminosa
    denúncia foi desmentida por escrito, em ofícios de dois
    delegados federais, e embora flagrada nesta sua injúria
    golpista, a mesma oposição ou seus veículos preferidos de
    comunicação pública, como a Carta Capital, não disseram
    nada !
    7. A mesma oposição acusou ilegalidade na aquisição da casa
    da governadora, com massiva “publicidade” na mídia,
    escondida atrás da ação cotidiana. A investigação da CPI,
    que transcorreu na Assembleia Legislativa, foi
    desconstituída pelo o Ministério Público Estadual, após
    minuciosa investigação que incluiu buscas de informações
    em órgãos estaduais e federais, num fundamentado
    documento subscrito pelo Procurador-Geral de Justiça. O
    órgão enfrentou a cada um e refutou a todos os pontos
    denunciados; quando o Tribunal de Contas do Estado, em
    decisão unânime, julgou improcedente a denúncia do PSOL
    sobre o mesmo assunto, dadas as provas da idoneidade da
    transação, a oposição, novamente flagrada nestas suas duas
    outras manobras golpistas, e seus veículos de comunicação
    preferidos, como a Carta Capital, também não disseram
    nada!
    8. Firma-se, aqui, um repúdio à deslealdade de Carta Capital
    com os princípios éticos que dão fundamento e conteúdo à
    liberdade de imprensa. Tão profundamente ignóbil o seu
    escopo golpista, que a matéria não se contém e aberra ao
    consignar, de forma safada e criminosa: “COVA RASA. O
    CADÁVER DE MARCELO CAVALCANTE BOIA
    SINISTRAMENTE NAS ÁGUAS DE YEDA”! Carta
    Capital, utilizando-se de técnica que os movimentos prédemocráticos
    sempre buscaram, ao produzir
    desesperadamente um cadáver para lançar no colo de seus
    opositores, também transforma em macabro e politicamente
    útil o fato tão lamentável dessa morte do Marcelo
    Cavalcante;
    9. Estamos diante de um movimento antidemocrático
    orquestrado pelo PSOL e seus braços de mídia,com o intuito
    de anular a vontade popular manifestada no processo
    eleitoral que elegeu Yeda governadora. Querem arrancá-la
    do poder e assim desmoralizar o voto popular,
    desacreditando as instituições e golpeando de morte o
    Estado de Direito. Afinal, o que quis Carta Capital atingir ao
    vincular, aquela inverdade – “DENÚNCIAS PROVADAS,
    YEDA ALVEJADA” –, à assertiva “EFEITOS HAVERÁ
    EM 2010”?
    10. Até onde vai o direito de "noticiar" fatos inverídicos ou
    episódios ainda não esgotados pelas técnicas de investigação
    e conseqüente comprovação legal? Até onde vai o direito de
    questionamento sem prova, antes de qualquer possibilidade
    de defesa de quem tem suas virtudes morais questionadas?
    Sabemos que não tem limites essas ações para aqueles que
    almejam o poder pelo poder, aqueles que são hábeis em
    destruir porque incompetentes em construir, aqueles que
    combatemos como adversários no campo democrático, e
    criminosos no campo civil;
    11. Senhores de Carta Capital. Pode ser que não lhes importe
    esta opinião registrada, como pode não lhes importar a ética
    na política ou a verdade dos fatos. É sabendo disso que
    decidimos não pedir um “direito de resposta” – ora, pedir
    direitos para os senhores? E postamos esta resposta na
    internet, instrumento de liberdade de opinião e de expressão.
    Estejam certos de que o valoroso povo gaúcho, de tantas
    lutas, não gosta que se lhes tentem tirar qualquer direito,
    quanto mais o direito de decidir quem os governa. Diante
    disso, é indigna e abjeta a vossa tentativa de prejudicar por
    golpe o caminho da recuperação com altivez do Estado, e de
    retirar a confiança daqueles a quem os eleitos têm tido a
    honra em servir: o povo do Rio Grande do Sul.

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