Nesta quinta-feira ocorre uma assembléia geral de prestação de contas da direção do Hospital Nossa Senhora Aparecida às mantenedoras. Reveste a pauta a discussão em torno da reeleição da atual diretoria. O atual comandante da entidade, Antônio Omar Machado, continua irredutível em sua disposição de não aceitar concorrer a mais um mandato. Numa reunião realizada na semana passada, na ACIC, Antônio Omar foi novamente convidado a permanecer no cargo, mas declinou novamente.
A ACIC, aliás, através do presidente Edson Lessa, que foi a principal articuladora da eleição de Antônio Omar, se empenha para que ele mude de idéia. “A permanência dele (Antônio Omar) significa a manutenção de uma gestão equilibrada e de recuperação”, observa Lessa. A opinião é avalizada majoritariamente pelo grupo de mantenedores.
Já há, no entanto, um grupo se articulando silenciosamente. Esse grupo possui divergências com a atual administração do hospital e é embrionária de gestão anteriores. Integrantes deste grupo inclusive teriam feito circular informação de que o maior apoiador da reeleição de Antônio Omar estivesse ele mesmo querendo ser presidente. Lessa nega: “Em primeiro lugar não é nada sugestivo um dono de farmácia presidir uma entidade de saúde; segundo: seria impossível conciliar meus compromissos da ACIC com os do hospital”.
Seja como for, a Funbeca permanece com o mesmo quadro até março, quando acontece a eleição. A interlocutores, Antônio Omar se diz desapontado com a falta de empenho do poder público local em relação ao hospital. A gota d’água do desgosto se deu no fim do ano, depois de um repasse ter sido engavetado por dois meses.
A saída do atual diretor pode representar um retrocesso. Sua atuação até aqui pode ser comparada a de um piloto que assume um voo em plena queda e com obstinação e habilidade estabiliza o aparelho. O medo dos passageiros agora é se com outro comandante a tragédia possa de fato se consumar.
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