sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Mais do que um jogador


Enquanto seguem as investigações, a viúva do médico Marco Antônio Becker (foto) se recupera na casa de parentes em Camaquã. O efetivo da força-tarefa da Polícia Civil que investiga o assassinato, ocorrido em 4 de dezembro, caiu de 27 para 15 integrantes, conforme nota veiculada na Zero Hora de hoje. Dos três delegados convocados apenas um permanece no caso, sendo que este policial deverá entrar em licença-paternidade no final de semana. Vários suspeitos e testemunhas já foram interrogados, mas até aqui nada de concreto foi divulgado. O inquérito está sob segredo de justiça. Dirigente rigoroso e principal nome do Cremers, Becker mexeu com interesses de grupos fortes e contrariou colegas figurões do Estado.
O show que se transformou a cobertura acabou impedindo que alguns profissionais da grande imprensa repassassem certas informações. Como por exemplo, um episódio ocorrido durante o velório do médico. A certa altura do ato, entrou um homem negro na sala com uma coroa de flores. Colocou-a ao lado do caixão e em seguida pediu licença para se pronunciar. Dizendo representar a Embaixada de Uganda, lembrou que Becker, vinte anos antes, havia coordenado uma ação de saúde pública que erradicou a cegueira em seu país. Agradeceu a todos e antes de sair informou que Marco Antônio Becker seria em breve homenageado, ganhando nome de rua da Capital do país africano. Como se vê, o médico fazia bem mais do que apostar em jogos. Becker era co-cunhado do empresário camaquense Marco Antônio Pires.

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