Ele está de volta ao palco político local, de onde, diga-se, está sempre presente. Mas claro, com mandato é bem melhor, mais legítimo, por assim dizer. Ganha a coletividade com o retorno de Ludgero Marques (PMDB). Sendo parceiro do governo, além da Câmara de Vereadores, Ernesto Molon também se beneficia. Ludgero é um daqueles personagens para os quais algumas comunidades devem reconhecimento. Sobretudo por, no peito e na raça, e por gostar mesmo da prática política, dar a cara à tapa. Homens assim são insatisfeitos em sua essência. Existem muitos exemplares, é verdade. A diferença, no entanto, é que alguns se limitam a apenas criticar. Não é o caso deste pelotense, ex-gerente da regional da CEEE de Camaquã, que nas campanhas eleitorais locais das últimas duas décadas não ficou de fora nenhuma vez. Ele sabe que está longe de ser uma unanimidade, assim como também sabe que os que se expõem sempre estarão sujeitos aos mais variados conceitos. Com o tempo, ganhou algumas rótulos. O de deslizar facilmente por todos os becos do minado pantanal das relações políticas é um deles. Mas isto, nesta área, está longe de ser um defeito. Para os mais simplistas, mais restritos, talvez. Ludgero também está longe de ser alguém cujas opiniões se ajustam conforme suas intenções. Ao mesmo tempo em que não lhe seduz nenhum pouco ter idéias fixas e conceitos definitivos.
A Câmara de Vereadores, ultimamente, não tem orgulhado muito seus representados. Longe disso. É um bom reforço aos torcedores da qualidade o regresso deste perspicaz e reto homem público ao legislativo. Num setor onde a mediocridade impera e para o qual não faltam caras torcidas, exceções devem ser reconhecidas. E, por uma questão de consciência e até de incentivo, também registradas.
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