terça-feira, 21 de junho de 2016

AINDA SOBRE OS PEDIDOS DE PRISÃO

Por Nelson Egon Geiger/Advogado

Na semana passada comentei sobre os pedidos de prisão efetuados pelo Procurador Geral da República, RODRIGO JANOT, com vistas ao Presidente do Senado, Renan Calheiros; ao Senador Romero Jucá; e o ex Presidente da República, José Sarney. Todos do PMDB.

            Também destaquei que são da “ala podre” do PMDB. Aquela que o PMDB do Rio Grande do Sul não concorda. Não comunga. Não defende. Aliás, não tenho simpatia por nenhum dos três por não concordar com os métodos politiqueiros e contra éticos deles.

            Mas alertei que nas conversas telefônicas com ex-dirigente da Transpetro, empresa subsidiária da PETROBRÁS, Sérgio Machado, também do PMDB, não havia provas concretas de que teriam interferido no processo da LAVA JATO. As conversas gravadas por Sérgio e divulgadas pela imprensa mencionavam preocupação e até temor sobre o prosseguimento da LAVA JATO, pelos três. Até emanava das conversas que o bom mesmo seria estancar a referida e brava investigação policial / judicial. MAS sem haver nada palpável que os insólitos tergiversadores tivessem atuado para prejudicar a referida operação.

            Assim o pedido de prisão preventiva dos nefastos políticos que, até pouco tempo eram aliados de LULA e do PT nas corrupções patrocinadas pelos dois últimos e comprovadas pelo hercúleo trabalho efetuado pela Justiça Federal, em Curitiba, naquele momento não estava em fase de ser possível haver prisão preventiva dos elementos.

            Fui mais longe. Acenei que o pedido não seria atendido pelo Supremo Tribunal Federal. É que não havia uma interferência direta dos referidos políticos na LAVA JATO. Apenas ilações emanadas das conversas telefônicas gravadas. E estava certo.

            Pois na terça-feira o Ministro Teori Zavaski recusou os pedidos de prisão dos insólitos políticos peemedebistas nordestinos. Mas foi diferente, o que também destaquei naquele artigo, com o pedido de prisão preventiva, feito na mesma ocasião pelo também Procurador Geral, do Deputado Federal Eduardo Cunha, também do PMDB. No caso do Rio de Janeiro. É que o fundamento desse último pedido era outro: o descumprimento de uma decisão judicial. Aquela decisão que afastou cunha do cargo de Presidente da Câmara e de seu mandato, temporariamente.

            E o que fez o mesmo Ministro Teori Zavaski: deu cinco dias para Cunha se defender desse pedido. Em resumo: comprovar que depois de afastado das funções pelo STF não interferiu na Câmara. Essa vai ser difícil, não é? Pois ao que parece ele continuou dando ordens internas.


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