Por Nelson Egon Geiger/Advogado
Na semana passada comentei sobre
os pedidos de prisão efetuados pelo Procurador Geral da República, RODRIGO
JANOT, com vistas ao Presidente do Senado, Renan
Calheiros; ao Senador Romero Jucá; e
o ex Presidente da República, José
Sarney. Todos do PMDB.
Também
destaquei que são da “ala podre” do
PMDB. Aquela que o PMDB do Rio Grande do Sul não concorda. Não comunga. Não
defende. Aliás, não tenho simpatia por nenhum dos três por não concordar com os
métodos politiqueiros e contra éticos deles.
Mas
alertei que nas conversas telefônicas com ex-dirigente da Transpetro, empresa
subsidiária da PETROBRÁS, Sérgio
Machado, também do PMDB, não havia provas concretas de que teriam
interferido no processo da LAVA JATO. As conversas gravadas por Sérgio e divulgadas pela imprensa
mencionavam preocupação e até temor sobre o prosseguimento da LAVA JATO, pelos
três. Até emanava das conversas que o bom mesmo seria estancar a referida e
brava investigação policial / judicial. MAS sem haver nada palpável que os
insólitos tergiversadores tivessem atuado para prejudicar a referida operação.
Assim
o pedido de prisão preventiva dos nefastos políticos que, até pouco tempo eram
aliados de LULA e do PT nas corrupções patrocinadas pelos
dois últimos e comprovadas pelo hercúleo trabalho efetuado pela Justiça
Federal, em Curitiba, naquele momento não estava em fase de ser possível haver
prisão preventiva dos elementos.
Fui
mais longe. Acenei que o pedido não seria atendido pelo Supremo Tribunal
Federal. É que não havia uma interferência direta dos referidos políticos na
LAVA JATO. Apenas ilações emanadas das conversas telefônicas gravadas. E estava
certo.
Pois
na terça-feira o Ministro Teori Zavaski
recusou os pedidos de prisão dos insólitos políticos peemedebistas nordestinos.
Mas foi diferente, o que também destaquei naquele artigo, com o pedido
de prisão preventiva, feito na mesma ocasião pelo também Procurador Geral, do
Deputado Federal Eduardo Cunha,
também do PMDB. No caso do Rio de Janeiro. É que o fundamento desse último
pedido era outro: o descumprimento de uma decisão judicial. Aquela decisão que
afastou cunha do cargo de Presidente da Câmara e de seu mandato,
temporariamente.
E
o que fez o mesmo Ministro Teori
Zavaski: deu cinco dias para Cunha se
defender desse pedido. Em resumo: comprovar que depois de afastado das funções
pelo STF não interferiu na Câmara. Essa vai ser difícil, não é? Pois ao que
parece ele continuou dando ordens internas.
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