sexta-feira, 11 de março de 2016

NOVAS PERIPÉCIAS DO HONESTÃO

Por Nelson Egon Geiger/
Advogado

Luís, que acabou pegando o apelido de HONESTÃO durante o carnaval que foi realizado em seu Clube, do qual fora Presidente por dois mandatos, foi mencionado no artigo anterior. Quando contei que fora Presidente do Clube de sua cidade e após elegeu uma apadrinhada para o cargo. Depois os integrantes da chapa de oposição começaram a questionar perante o Conselho Fiscal benesses que Luís obtivera durante sua gestão, obtidas dos construtores que fizeram obras no Clube.

            Sempre que questionado Luís negava: “não sei de nada”; “não é meu, é de amigos”; “sou o cara mais honesto que já existiu”. Mas o Conselho Fiscal começou a apurar que as contas do Clube não estavam fechando. O Clube, que antes era sólido e superavitário, admirado por todos os concorrentes do mesmo e de outros da cidade, culminou em ficar em estado deficitário após os mandatos de Luís e de sua substituta.

            Exames do Conselho Fiscal na papelada da tesouraria do Clube constataram diversas irregularidades. O pessoal da oposição, que tinha elaborado uma chapa para concorrer na última assembléia de eleição continuava informando de fatos que apontavam para uma mafiosa gestão do Luís. Exatamente os mesmos empreiteiros que fizeram reformas no Clube, também tinham feito obras na chácara do Luís. E até no apartamento que ele estava montando na praia. Apesar de que Luís negava a compra do imóvel praiano e da chácara. Esta dizia que não era sua. Sim de amigos.

            O assunto rumou para inquérito policial. É que o pessoal da oposição pressionava o Conselho Fiscal que culminou em exigir explicações de Luís. Mas este insistia que “não tinha nada com isso”. E que a chácara era de um amigo. Que somente ia lá para descansar. Entretanto o Conselho Fiscal descobriu que a chácara também pertencia a um filho do Luís. Como, se o rapaz era muito pobre e agora compra chácara de luxo perguntavam?

            Cada vez Luís se enredava mais com as investigações dos membros do Conselho e com as denúncias do pessoal contrário. Aí, então, a nova Presidente do Clube, afilhada do Luís, acolheu a idéia dos amigos comuns. “Quem sabe tu nomeias o Luís para um cargo na Diretoria”. “Assim fica mais difícil para os conselheiros investigarem as contas passadas”. “Afinal ele ficará com estado de Diretor”. E começaram a estudar a idéia. “Temos que fazer um Diretor pedir demissão do cargo e então se terá de nomear um substituto”. “Aí eu nomeio o Luís”, dizia a nova Presidente.

            Apesar de nos bailes de carnaval do Clube, associados que reclamavam da famigerada administração do Luís, como foliões até fizeram fantasias com o nome de HONESTÃO, a indicação dele para um cargo era uma forma de desviar as insistentes investigações do Conselho Fiscal. E Luís começou a aceitar a idéia, para poder fazer novas peripécias.



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