Tem
sido assunto na imprensa o “caos” administrativo que se instaurou no Maranhão,
sob égide do Governo de Roseana Sarney,
filha do todo poderoso ex Presidente da República e Senador José Sarney. Infelizmente ambos integrantes do meu Partido.
Em nível da seriedade política dos gaúchos, aqueles são da “ala podre” do PMDB.
Que se vinculam ao PT; influem no Vice
Michel Temmer; aliados do Senador Renan Calheiros que viaja em aviões oficiais da FAB para implantar
cabelos, enquanto preside o Senado; e do outro Senador do mesmo time, Jader Barbalho.
O
caos maranhense vai da guerrilha comandada por presidiários, falência do
sistema carcerário daquele estado e preocupação com a alimentação de luxo do
palácio governamental. Além de patrocinar o pior índice de analfabetismo de
crianças no País.
A
descarada licitação para compra de lagostas, camarões, whisky e bebidas finas,
para abastecer as residências oficiais daquele Estado, que ultrapassa um milhão
de reais vem ocupando manchetes desde a semana anterior. A OAB protocolou um
pedido de “impeachment” da
Governadora.
É
o mal quando alguns políticos usam de todos os meios, inclusive suspeitos, e
passam a dominar o Partido, sufocando os que, atrelados à ética, não concordam
com seus desmandos. Lá no Maranhão ou em qualquer parte.
Lá
quem não comunga com o clã Sarney não tem acesso a cargo funcional de nomeação
ou promoção. Ou partidário de opção. Os escolhidos são sempre apadrinhados da
família de Roseana, seu pai, o irmão e a mãe, que mantêm todos os cargos
existentes sob controle. Inclusive utilizando-se de expedientes ilegais,
destinando troféus ou nomes de bens públicos para pessoas vivas. Existem rua e
passeio público com o nome de José Sarney; e vila com o nome de seu filho, que
é Deputado Federal.
Como
existe em Alagoas: ponte com o nome do ex Governador Divaldo Suruagy e elevada
com o nome do Deputado Federal João Lyra. Do PMDB e do PTB, respectivamente. O
que é vedado no art. 1º, da Lei 6.454, de 25.10.1977. No Rio Grande do Sul isso
não acontece. E se alguém atribuir um nome de pessoa viva à bem público, com
certeza o Ministério Público ingressa com uma Ação para cancelar a designação.
Lá o MP silencia.
Como
dizia o grande Benjamin Franklin: “os capacitados que, por comodidade, deixam
de interferir na vida pública, culminam em ser governado pelos incapazes”. Pois
é, nossa omissão é culpada de muita coisa. Inclusive a minha. Por isso existem
os Sarneys da vida. Agarrando-se nos cargos e quando os ocupam exigem outros
para seus “cupinchas”. Têm políticos,
inclusive Deputados, que nem respeitam os colegas. Deixam a ética de lado,
aceitam qualquer promessa de votos de pretensas lideranças e atropelam,
antiéticos, a zona eleitoral de outros colegas. Enfraquecendo a coerência e
decência partidária em proveito próprio e daqueles que querem viver na sombra
do poder. A qualquer preço. Mesmo desrespeitando companheiros.
Nelson Egon Geiger é advogado
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