segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Notas da eleição

Acertos
Venceu no estado quem fez o certo, aglutinou e tinha a campanha mais estruturada. Tarso Genro e o PT foram premiados por terem feito na medida correta. Mais experiente, Tarso também abrandou o discurso, elevando o debate como palavra chave da futura administração. Isso atraiu votos de quem ainda via um PT sectário.

Equívocos
Já a outra força política errou do início ao fim. Em nenhum momento da campanha José Fogaça empolgou. Faltou discurso, sobrou desentrosamento interno. As urnas cobraram o preço pela cobiça desmedida de alguns figurões, que tumultuaram o processo desde o início.

Senado
Outros que acertaram na veia foram Ana Amélia Lemos (PP) e Paulo Paim (PT). A jornalista pelos programas e pelo discurso abrangente. Paim pela estratégia providencial de vender a desconhecida Abigail como segundo voto. Deu certo. Já Germano Rigotto também sofreu pelo desnorteamento da sua sigla na campanha.

Menos
Mendes Ribeiro Filho (PMDB) baixa sua votação em Camaquã após uma secessão de recordes. Em 2010 são 10.878 votos contra 15.032 de 2006. Concorrência interna forte e a votação local de Neco (PDT) estão entre as causas. Mas a de considerar que 29,14% de preferência do eleitorado é algo mais do que expressivo.

Barbaridade!
Foi risível a participação nas urnas camaqüenses de Alceu Moreira (424 votos) e Fernando Záchia (420 votos). Se com todo o barulho e investimento que fizeram só conseguiram essa insignificância, então vão três sugestões de um nativo: 1. Troquem de cabos eleitorais. 2. Abandonem a aldeia. 3. Esperem Mendes Ribeiro desistir de concorrer à Câmara. Escolham uma.

Perdeu
Mas quem foi mal mesmo foi Eliseu Padilha (PMDB). 208 votinhos! Mas não foi somente em Camaquã a baixa. A queda de votos em todo o lugar lhe causou também a perda da imunidade parlamentar a partir de 2011. Em tempo: Záchia também não foi eleito. Já Moreira, criado por Padilha ganha gabinete em um dos anexos da Câmara a partir de janeiro.

Vice local
Um político da Costa Doce será o novo vice-governador do estado. Do outro lado do balcão agora, Beto Grill (PSB) será cobrado. Mais inclusive que João Carlos Machado (PP) quando este foi secretário de Agricultura.

Não deu
Zelmute Oliveira (PT) ficou aquém da votação imaginada para uma cadeira na Assembleia Legislativa. Uma lástima, já que Zelmute se preparou para a tarefa. Mas sem dúvida, deverá ser aproveitado - e bem aproveitado no governo estadual petista.

Bola nas costas
Em São Lourenço teve 10.988 votos. Deveria ter mais, não fossem os apoios de alguns secretários e CCs petistas a candidaturas forasteiras.

Votação
Em Camaquã, o ex-secretário do Turismo de SLS registrou expressivos 1.848 e no geral ficou com insuficientes 17.308 votos. O menos votado eleito para bancada do PT ficou com 37.483.

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