quinta-feira, 30 de setembro de 2010

10 impressões e prognósticos eleitorais

Depois de algumas eleições e acompanhando a política de perto, vamos formando algumas convicções – e claro, criando mais coragem para expô-las. Mesmo que se erre. O que é normal, em se tratando do maior valor da democracia: a liberdade de escolha de um universo eleitoral heterogêneo.
Abaixo, coloco algumas impressões e prognósticos que intuitivamente acredito que se concretizarão no próximo domingo.

1. Oscilação: Mais do que ir para o segundo turno, acredito que a eleição presidencial de domingo reservará ainda algumas surpresas. Não falo em relação à colocação dos candidatos, mas sim no que se refere à proporção do que vem sendo pregado nas pesquisas.

2. Segundo lugar: O mesmo, acredito, se dará na eleição de governador. Não duvido que o candidato petista Tarso Genro não confirme a mesma liderança das urnas que vem apresentando nas pesquisas, mas também tenho certeza que a campanha estadual continuará a partir de domingo. Minha impressão, porém é em relação a um maior equilíbrio das forças que vem logo atrás – mais especificamente entre José Fogaça (PMDB) e Yeda Crusius (PSDB).

3. Alianças: se existe uma possibilidade de o PT não sair vencedor final do pleito é Fogaça ir para o segundo turno. Com Yeda, a possibilidade já passa a ser mais remota. Por uma simples razão: o PMDB, pela força do compromisso nacional, deverá estar com o PT oficialmente.

4. Perfeito: Para o público, Tarso Genro foi até uma semana antes da eleição o único nome que demonstrou incisivamente as melhores credenciais para governar o estado. Além da performance perfeita, contribuíram muito a associação de sua imagem à Dilma Rousseff e a Lula e o grande aporte financeiro que irrigou do início ao fim sua campanha.

5. Inimigos internos: mais do que a resistência do PDT no apoio total a Fogaça, a campanha do PMDB teve um grande problema em seu nascedouro. Por burrice ou má-fé (ou os dois) um grupelho parlamentar da sigla desfez aquilo que Fogaça teria de mais valioso nesta campanha: a neutralidade de Lula de Dilma. Essa força contra foi fatal.

6. Lógica: Tarso não teve oposição. Enquanto Yeda Crusius passou o tempo se defendendo das acusações que bombardearam seu governo, Fogaça repetia que iria governar em sintonia com o governo federal de Dilma. E a dedução lógica do eleitorado foi: mas então, por que não Tarso, já que ele é do mesmo partido que Dilma?

7. Ampliação: No campo regional, contra algumas opiniões contrárias, acredito no aumento de votação de Mendes Ribeiro Filho (PMDB) para deputado federal na Costa Doce. Não será um aumento tão expressivo assim, mas aumenta. Mendes tem uma marca consolidada e tem respaldo em todas as camadas sociais e partidárias dos municípios da região.

8. Federais: Luis Carlos Heinze (PP) aumenta votação em Camaquã. Henrique Fontana (PT) em São Lourenço do Sul.

9. Com chances: Entre os candidatos locais, o que vejo com mais chances de chegar a um êxito é Zelmute Oliveira (PT). O ex-secretário de Turismo de São Lourenço do Sul trabalhou forte nestes últimos anos para isso e tem um histórico interessante de ações regionais voltadas a este setor. Seu sucesso da empreitada, porém, está diretamente condicionado ao respaldo regional (historicamente falho) e ao desempenho geral dos candidatos petistas à Assembléia.

10. Barbada: Nunca o PT estadual e federal teve adversários tão frágeis. E nunca também na história deste país (...) o partido teve tanto dinheiro para gastar numa campanha.

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