sábado, 26 de dezembro de 2009

Camaquã: terceirizada de lixo será trocada

Está chegando ao fim a parceria de quase uma década entre a prefeitura de Camaquã e a empresa PRT, responsável pela coleta do lixo. A informação foi divulgada nesta manhã, pela Rádio Camaquense, em entrevista feita por Alvorino Oswaldt com o prefeito Ernesto Molon (PMDB).

De acordo com Molon, a PRT prestará serviço até o último dia de 2009. Depois disso, uma outra empresa será contratada em caráter emergencial, até que seja concluído novo processo licitatório. Entre as justificativas apresentadas pelo prefeito está a qualidade dos serviços, que segundo ele, "caiu muito neste ano".

Molon também falou da possibilidade de rever as taxas de recolhimento de lixo na cidade, cobradas dos contribuintes. Molon defende critérios mais justos de cobrança: "Não é certo que alguém que possua um restaurante, por exemplo, pagar a mesma taxa que uma família que consome bem menos lixo", disse Molon.

A PRT, cuja sede é em Santa Maria e presta serviços a vários municípios do Rio Grande do Sul - inclusive Porto Alegre -, começou a operar em Camaquã, no segundo ano (2002)do primeiro governo João Carlos Machado. O sistema eficaz de trabalho reduziu a quase zero o índice de reclamações do serviços, sempre campeão de insatisfação quando era feito pelo município. Baixa também sempre foi a participação social da empresa. Por filosofia ou estratégia, proprietários ou funcionários mais graduados não faziam a mínima questão de se familiarizar ou se integrar a qualquer ação municipal - mesmo arrecadando uma quantia significativa à cada mês das burras camaquenses. A orientação foi seguida pela chefia local.

Agora, resta saber se a PRT sairá numa boa de cena ou vai optar por aquela manjada tática de ficar embargando licitações com o propósito de não largar o osso. Para o bem de todos, está na hora de a PRT dar um tempo de Camaquã e dar uma reciclada nos seus conceitos de convívio. Quem sabe mais tarde volta. Nesse período talvez os mandarins da poderosa descubram que em cidades como Camaquã ainda se chame o dono da loja pelo nome e o carteiro é cumprimentado.

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