Na manhã desta segunda eu postei no twitter sobre a convicção que fiquei desde sexta-feira, quando acompanhei a prestação de contas do ano parlamentar de Mendes Ribeiro Filho. Com o galpão Crioulo do Clube Farrapos lotado – mais de mil pessoas estiveram lá - Fogaça foi saudado já na condição a qual assumiu oficialmente hoje. Entrevistei Fogaça no final e ele pensou, agiu e sorriu como candidato.
Também não tenho dúvida de que o encontro de Mendes teve um peso fundamental para a definição de hoje. Talvez, antes de chegar ali até pairasse em Fogaça algum ceticismo. Mas quando se despediu era mais do que nunca o homem do PMDB para 2010. Com Rigotto fora do páreo e pressões igual a de sexta se multiplicando, o prefeito de Porto Alegre não tinha mais como protelar.
No Farrapos, todos os discursos também conspiravam a favor da confirmação de hoje, feita com a presença da principal referência do PMDB estadual, o senador Pedro Simon. “Tem gente apressando o passo; quando não obedecemos ao tempo da política, pagamos um preço alto”, antecipou o anfitrião Mendes Ribeiro, em seu discurso de sexta. Antes, atacou: “A gente sabe que o Tarso (Genro) tem o dom de caminhar só e de terminar só”.
José Fogaça é o segundo nome a assumir candidatura ao Piratini. A lógica recomenda que se o PMDB virasse o ano sem candidato, cresceria o PT, ganharia Tarso Genro e as chances de cooptar aliados seriam prejudicadas. Outro ponto favorável ao lançamento a nove meses da eleição é que existe mais tempo para o desgaste ser diluído, já que José Fogaça corta seu mandato ao meio para ir em busca do sonho de governar o estado.