segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Fim de semana decisivo

“Neste fim de semana, eu fiz uma séria reflexão, conversei com o senador Simon e da palavra dele eu cheguei à conclusão de que agora eu não tinha outra alternativa; senão a de aceitar a condição de candidato ao governo pelo PMDB”. Assim o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça justificou sua decisão de ser candidato ao Palácio Piratini em 2010. O anúncio se deu na tarde desta segunda-feira, na sede estadual do partido, na Capital.

Na manhã desta segunda eu postei no twitter sobre a convicção que fiquei desde sexta-feira, quando acompanhei a prestação de contas do ano parlamentar de Mendes Ribeiro Filho. Com o galpão Crioulo do Clube Farrapos lotado – mais de mil pessoas estiveram lá - Fogaça foi saudado já na condição a qual assumiu oficialmente hoje. Entrevistei Fogaça no final e ele pensou, agiu e sorriu como candidato.

Também não tenho dúvida de que o encontro de Mendes teve um peso fundamental para a definição de hoje. Talvez, antes de chegar ali até pairasse em Fogaça algum ceticismo. Mas quando se despediu era mais do que nunca o homem do PMDB para 2010. Com Rigotto fora do páreo e pressões igual a de sexta se multiplicando, o prefeito de Porto Alegre não tinha mais como protelar.

No Farrapos, todos os discursos também conspiravam a favor da confirmação de hoje, feita com a presença da principal referência do PMDB estadual, o senador Pedro Simon. “Tem gente apressando o passo; quando não obedecemos ao tempo da política, pagamos um preço alto”, antecipou o anfitrião Mendes Ribeiro, em seu discurso de sexta. Antes, atacou: “A gente sabe que o Tarso (Genro) tem o dom de caminhar só e de terminar só”.

José Fogaça é o segundo nome a assumir candidatura ao Piratini. A lógica recomenda que se o PMDB virasse o ano sem candidato, cresceria o PT, ganharia Tarso Genro e as chances de cooptar aliados seriam prejudicadas. Outro ponto favorável ao lançamento a nove meses da eleição é que existe mais tempo para o desgaste ser diluído, já que José Fogaça corta seu mandato ao meio para ir em busca do sonho de governar o estado.

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