Posto aqui matéria que elaborei para a Secretaria Estadual da Agricultura, nesta segunda-feira, sobre as perdas recentes das principais culturas devido às chuvas. Os dados são um resultado de cruzamentos de dados de várias fontes.
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As chuvas excessivas das últimas semanas estão trazendo alterações na rotina do campo. A umidade excessiva vem atrasando o cultivo das lavouras de verão, especialmente a de soja. Em escala menor, o arroz também tem sofrido pelo atraso e a colheita de trigo está prejudicada.
Na pecuária, apesar da chuva beneficiar o rebrote das pastagens, o excesso impede o manejo ideal do pasto, limitando assim o seu aproveitamento. Dependendo da região, como é o caso da Serra, a produção de hortaliças e frutas também tem sofrido com os ventos fortes e chuvas.
As folhosas também têm sido castigadas com a ocorrência de perdas irreversíveis nas culturas de alface, brócolis, couve e repolho. O tomate também foi afetado.
Com as precipitações ocorridas até aqui, todas as regiões do Estado apresentam volumes acumulados, que superam as médias históricas do mês de novembro. Veja a situação das maiores culturas do estado, com base no último relatório conjuntural da Emater.
Soja – Entre as culturas em fase de semeadura, a soja é a que apresenta a maior defasagem em relação à média dos últimos anos. A área semeada até ultimo dia 19 de novembro chegou a 38% do total previsto. A chuvas dificultam o manejo do solo e toda a logística das lavouras. Também deve-se destacar que como ainda resta uma boa parcela de trigo a ser colhido, as atenções dos produtores que trabalham com as duas culturas acabam sendo desviadas. A situação de descompasso se verifica em todas as regiões. .
Arroz – Os orizicultores encontram dificuldade em dar andamento ao plantio da atual
safra. Na última semana, as chuvas determinaram um ritmo mais lento aos trabalhos. O percentual de semeadura do último dia 19 de novembro ficou em cinco pontos percentuais abaixo do plantado na mesma data de 2008 – 70% e 75% respectivamente.
Em função do atual cenário, está havendo a necessidade de replantio de alguns quadros e a remontagem de taipas – principalmente nas lavouras convencionais. Já ao do sistema de plantio
direto, devido à estrutura do solo, é mais resistente à ação da água. A temperatura, que tem se mantido em níveis adequados, vem favorecendo a germinação e o crescimento das plantas.
TRIGO - Apenas 67% da área plantada já foi colhida, quando o normal é de 81% para esta época. Se no plantio a falta de umidade provocou atrasos, agora, o excesso de umidade retarda a colheita. A qualidade final do trigo desta safra também preocupa os produtores, já as plantas foram expostas a altas temperaturas em períodos normalmente mais frios. Com o calor, o trigo fica vulnerável a doenças fúngicas, que resultam também em menor produtividade. O fortes ventos verificados trouxeram também o acamamento das plantas.
Milho - O produtores conseguiram avançar quatro pontos percentuais na última semana. Os 73% plantados até aqui está acima do verificado no ano passado, na mesma data. De maneira geral as lavouras se encontram em bom estado, favorecidas pela temperatura amena e boa
disponibilidade de umidade no solo.
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