O destaque da semana da área política foi a retirada do nome da governadora Yeda Crusius do processo de improbidade movida pelo Ministério Público Federal, que investigou a fraude do Detran. Apesar de ser uma decisão técnica, já que em suma a 4ª Câmara do Tribunal Federal entendeu que cabe à Assembléia Legislativa o julgamento por crime de responsabilidade de um governador, a decisão dos desembargadores é positiva à governadora, que vem sendo achincalhada há tempos pelos sindicatos de servidores, pela oposição e por parte da mídia. De tudo que já vimos até aqui neste embate, sejam nas transcrições dos promíscuos diálogos, sejam nas virulentas acusações dos adversários, em nem um momento se percebeu algo que ligasse a governadora tucana diretamente a qualquer ato ilícito. Suposições e ilações não faltam. Mas até aqui nada, nem uma prova, nem uma conversa de fato consistente incrimina Yeda. E se tivesse algo errado, sem dúvida já teria aparecido e a Justiça não deixaria passar. A decisão do Tribunal Regional Federal fortacele a governadora.
Hoje pela manhã, em entrevista a uma emissora do Sul, o senador tucano Sérgio Guerra disse que a governadora fará parte, em 2010, do projeto nacional para reconduzir o PSDB ao poder federal. Não especificou como, mas há dias atrás, se sabe, que o próprio José Serra, governador de São Paulo e provável candidato ao Planalto, com medo do desgaste, teria aconselhado as lideranças nacionais a desestimular Yeda de concorrer à reeleição. E, se na medida em que a verdade comece a ser restabelecida, Serra continuará com o mesmo pensamento?
Não foi este o único “engano” dos deputados do PT e do PCdoB. Os procuradores também recomendaram que daqui para a frente eles reclamem à Justiça Eleitoral.
ResponderExcluir- Os deputados também tinham reclamado da falta de audiência do Conselho Superior do Ministério Público, mas a chefe do MPE ensinou-as com uma decisão curta e grossa: “Isto é competência minha”.