Depois de campo, um pouquinho de praia faz bem. E mesmo que seja só para dar uma olhada, já está bom. Estou nesta segunda-feira no Rio de Janeiro, vindo do Norte. O domingo em Belém, diga-se, foi de confraternização. A turma de participante do VII Encontro de Criadores de Búfalos, cedo, já estava viajando rumo ao município de Vigia, a 120 Km de Belém. Lá, conhecemos uma das propriedade de Rolf Erichsen. Ali, onde o sempre disposto Rolf e sua incansável esposa Lula aguardavam com um variado café (com açaí e tudo) conheçemos detalhes da criação do paraense, voltada principalmente à fabricação de queijo.
O almoço (às 16h)foi em Mosqueiro, à beira da famosa praia de água doce que leva o mesmo nome e que, aliás, lembra Arambaré. Só que lá já tem asfalto há horas. Mas falando de Arambaré, mudam-se os ares, mas as cabeças atrasadas são as mesmas. A briga em Mosqueiro, que fica a 80 km de Belém, é por uma ponte. A sub-prefeitura quer fazer a obra que vai encurtar em pelo menos 50% a viagem de Belém. Parte do povo não quer, acha que a obra vai explodir a população flutuante e isso trará prejuizos aos moradores. Juro que eu até tento entender isso, mas não há jeito de assimilar. Assim como não compreendo os arambarenses que trabalham em Camaquã, vão e voltam todos os dias e querem continuar se sacolejando e comendo pó na estrada.
Sobre o Rio, numa breve volta pela cidade, já se vê o que a realização da Copa de 2014 e a possibilidade de ter as Olímpiadas de 2016 estão fazendo a cidade ser mais do que nunca um grande canteiro de obras. É construção e reformas em tudo quanto é canto. A cidade mais turística do País está recebendo investimentos como nunca dos dos governos federal e estadual - e neste caso Lula e Cabral são parceiros.
Outra preocupação dos cariocas é com a mudança de imagem de cidade sitiada pelo crime. É muito forte a presença da policia militar nas esquinas da cidade. Claro que está longe de isso ser em toda a cidade. Fosse assim, as estatísticas não apontariam para mais de um centena de mortes por balas perdidas este ano aqui. Mas isso é longe da Zona Sul. É onde geralmente os policiais andam disfarçados para não morrerem.
E fico pensando na Copa. Aqui vamos ter uma final de mundial, 64 anos depois. E fico pensando em Porto Alegre e nas seleções que jogarão no Sul. Iraque, Costa Rica, Egito? Sim, porque o filé mignon (Itália, França, Alemanha)do futebol mundial já sabemos onde será servido.
Mas também penso que de uma forma ou de outra a população sai lucrando. E um exemplo disso, no caso de Porto Alegre, é o metrô. Mesmo que venhamos a sediar a chave do Senegal, se a obra da ampliação sair, já terá valido à pena.
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