Eles são de partidos opostos e também fizeram suas histórias profissionais em campos diferentes. As similaridades, no entanto, são muito maiores e esses pontos em comum fizeram construíram ao longo do tempo (principalmente dos últimos) uma respeitosa amizade entre João Carlos Machado e Sylvio Tejada.
Uma destas semelhanças é que ambos entraram na vida pública já veteranos. João Carlos, do PP, assumiu a prefeitura de Camaquã, em 2001, sucedendo governos trabalhistas. Modernizou a máquina, tornou-la eficaz e mudou o conceito da administração clientelista que até então vigorava nos governos antecessores. Processo semelhante pelo qual passou o pedetista Sylvio Tejada, em Tapes. Em janeiro de 2005, quando subiu as escadas que levam ao gabinete, sobravam abacaxis de todos os tamanhos na mesa deixados pelo antecessor pepista.
João Carlos Machado se reelegeu em Camaquã, Sylvio Tejada em Tapes. João Carlos administrou por seis anos a prefeitura dos camaquenses, antes de ser nomeado titular da agricultura estadual. Sylvio está em seu quinto ano no Executivo tapense.
Mas o ponto de maior convergência destes dois temporões da política talvez esteja mesmo na visão de ambos em relação ao setor público. E ai entra o grande legado que deixam para atuais e futuras gerações que desejam prestar serviços às suas aldeias: é possível sim fazer política sem descuidar da causa administrativa para qual foram confiados pelos conterrâneos.
Outra afinidade destas emblemáticas figuras: torcem pelo mesmo time. Aquele do Figueroa, do Falcão e do Gabiru. É, como sugeria o gênio Salvador Dali: "Não tenha medo da perfeição, você, afinal, nunca vai atingi-la".
