terça-feira, 26 de maio de 2009

Uma nova CESA

Quem diria! A Cesa, que chegou a ser cogitada no início do atual governo estadual como passível de extinção, está dando um exemplo de superação administrativa. Nesta segunda-feira, estive no Cais do Porto, na Capital, onde colhi dados para uma matéria que tem a companhia como protagonista. Com o presidente da Cesa, Juvir Matuella e o fotógrafo Vilmar da Rosa, subi no Frotargentina, que apesar do nome, é uma embarcação de Belém do Pará.

Ali estava sendo realizada uma operação que há 15 anos não existia. O carregamento de nove toneladas de grãos – 5 de trigo e o restante de arroz – possui muitos significados. Além da retomada do uso do Porto de Porto Alegre para o carregamento de grandes cargas, a operação é o resultado de um esforço público para estimular o transporte hidroviário no estado.

A manutenção da Cesa, com uma nova concepção administrativa, cabe lembrar, foi defendida desde o primeiro dia da gestão de João Carlos Machado, na pasta da Agricultura estadual. Os produtores agradecem.

Abaixo, a matéria. Peço atenção para a economia que significa o transporte fluvial em relação ao rodoviário. Está mais abaixo, em negrito.

Porto da Capital volta a carregar grandes quantidades de grãos

Nesta segunda-feira começaram a ser carregadas no Porto da Capital 9 mil toneladas – 5 de trigo e o restante de arroz. O destino são as cidades de Recife (PE) e São Luis (MA). Anteriormente, operações com tais quantidades somente eram feitas no Porto de Rio Grande. Carregados em menores quantidades no cais da Capital, os produtos seguiam em pequenas embarcações até a Zona Sul do Estado via Lagoa dos Patos. Lá eram transferidos para navios maiores, para ai sim serem levados a outros estados e países.

A nova logística, que tem por meta proporcionar maior agilidade e economia, faz parte do plano de estímulo ao transporte hidroviário do Estado. Ele está inserido dentro dos Programas Estruturantes do Governo Yeda Crisius. Desde o ano passado já a cabotagem - como é chamado o transporte interno via fluvial – já vem sendo usada em maior escala desde os portos de Estrela, Cachoeira do Sul e Porto Alegre. “Ao buscarmos alternativas mais econômicas de transporte para o que produzimos, estamos nos tornando mais competitivos lá fora e beneficiando nosso produtor aqui dentro”, comenta o secretário da Agricultura, João Carlos Machado. Dentro desta nova concepção, segundo Machado, “a Cesa (Companhia Estadual de Silos e Armazéns) possui importante papel”. Ligada à Secretaria da Agricultura, é a companhia que vem preparando e coordenando essas operações.

O navio Frotargentina, atracado desde domingo junto ao armazém da Cesa é de Belém do Pará e tem capacidade para 35 mil t. Veio ao Estado para descarregar sal de cozinha, originário do Nordeste. A vinda da embarcação carregada também contribui para a diminuição dos custos de operação. A partida do Frotargentina de Porto Alegre está prevista para quinta-feira. O arroz beneficiado embarcado - branco e parboilizado - é proveniente de Tapes e Cachoeira do Sul e o trigo é de Cruz Alta. Caso fosse transportada via rodoviária, seriam necessárias 350 viagens de caminhão até Rio Grande. De acordo com o presidente da Cesa, Juvir Matuella, a previsão é de que, a partir de agora, carregamentos deste porte ocorram a cada quarenta dias na Capital.

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