sábado, 2 de maio de 2009

Quinze anos, lá se vão quinze anos

Quinze anos passam rápido. Quase como um McLaren, na reta de Interlagos. Neste 1º de maio se chegou a uma quinzena de anos sem o brasileiríssimo Ayrton Senna. Ele era para ter ficado mais entre nós. Que lembranças boas são daquelas manhãs de domingo, em que, sonolentos, ligávamos a TV para nos orgulhar. Nos orgulhávamos por termos nascido na mesma terra do “The Best”, como definiu Senna a pop star Tina Turner, num show depois do GP de Adelaide, Austrália, em 1993.

Todos temos particularidades com nossos ídolos. E os momentos que mais marcam ficam registrados. Assim como ficaram marcados para os brasileiros com mais de 25 ou 30 anos o que se estava fazendo naquele 1º de maio de 1994. Eu, por exemplo, levantei cedo para ver aquele GP de Ímola. Estava na casa de um ex-cunhado, em Porto Alegre. Sozinho, assisti a batida no muro da Tamburello, mas jamais imaginei que a porrada da Willians teria as consequências que teve.

São tantos os momentos de vibração e de admiração por Ayrton Senna que precisava de muitas postagens neste blog para contar. Mas dois especialmente sempre afloram na memória quando o nome do tri-campeão ressurge. E os dois remetem a 1986. Um deles foi o final da prova de Jerez de La Fronteira, Espanha. Senna, com os pneus gastos, venceu por centímetros com a frágil Lotus preta a Willians azul-amarela do inglês Nigel Mansell. Foi tão doido o final (0,014s de diferença) que o narrador Galvão Bueno decretara a vitória do piloto de Frank Willians. Foi a primeira vez que o paulista liderava um Campeonato Mundial de Fórmula-1.

O outro momento foi a prova de Detroit (EUA). Foi no meio do ano, horas depois de a Seleção Brasileira ser eliminada da Copa do Mundo do México pelos franceses de Michel Platini. Senna desfilou por todo o autódromo americano com a bandeira nacional, numa tentativa clara de compensar aquilo que Zico, Sócrates e companhia haviam deixado de fazer pouco antes.

Como Ayrton Senna faz falta. Como a Fórmula-1 e o automobilismo ficaram sem graça depois dele. São quinze anos de vácuo entre Senna e os demais que tentam, mas não chegam. Quatro meses antes de morrer, Senna disse a seguinte frase, que sintetiza sua existência: "Se eu tiver que sofrer um acidente que custe minha vida, eu espero que seja de uma vez. Eu não quero ficar numa cadeira de rodas, não quero ficar num hospital sofrendo com os ferimentos. Se eu tiver que viver, eu quero viver plenamente, intensamente, porque eu sou uma pessoa intensa. Eu arruinaria minha vida se tivesse que viver parcialmente". O destino atendeu seu desejo.

Clique no link abaixo e veja o clip de "Simply The Best' que homenageia Senna

http://www.youtube.com/watch?v=yNCr8PfY3rs

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