quarta-feira, 4 de março de 2009

O respeito é bom, mas tem de ser recíproco

Soa no mínimo como ironia, para não usar deboche, a nota do DEM, assinada pelo deputado Onix Lorenzoni, repassada à imprensa, ontem. Nela, Onix pede mais “respeito” por parte da governadora e dos aliados ao vice-governador Paulo Feijó e ao partido. A Feijó está sendo atribuída nos bastidores relação sua com as denúncias do PSol. Circula a informação de que na noite que antecedeu a entrevista de Luciana Genro e Pedro Ruas, este último esteve reunido até o início da madrugada com Feijó.

Se isso é fato ou não as consciências respondem. Mas exigir uma postura correta a quem até aqui só pisou na bola política e institucionalmente é uma blasfêmia. A mesma opinião que emiti em meados de 2007, mantenho e a manterei. A iniciativa de Paulo Feijó de atrair aos seus domínios um secretário aliado, se passar por bobinho, gravá-lo e depois correr com o prêmio aos amiguinhos da oposição foi repugnante. Atitudes como essas são de um mau-caratismo brutal, em qualquer situação, em qualquer meio.
E deve-se dizer que esteve longe de ser nobre a montagem de Feijó. Foi pensando exclusivamente nele que seu cérebro golpista trabalhou.

Vamos combinar que depois desta e de outras fica um tanto quanto difícil não imaginar que existam reforçados túneis de ligação do Palacinho com os porões de alguns gabinetes legislativos. E confirmadas as suspeitas, apenas irá se reafirmar uma triste marca que vem revestindo negativamente a política gaúcha no momento: o sorrateirismo.

O DEM, ex-PLF, é uma dissidência do PDS (Arena). É forte no Nordeste e no Sudeste, tem uma bancada robusta no Congresso, mas no Estado não se criou. Neste momento a direção nacional tenta reconstruir a ponte implodida com o PSDB gaúcho, afinal são aliados no Cerrado. O DEM possui quadros respeitáveis, que exigem justa reverência. Mas isso não vale para todos.

3 comentários:

  1. Quarta-feira, 4 de Março de 2009
    Saiba quanto já ganhou o RS por refinanciar a dívida pública

    Este recado é para o vice-governador Paulo Feijó e seus 12 discípulos, todos acostumados a fazer contas:

    - Somente pelo que deixou de pagar pelos serviços do contrato anterior (apenas sobre a parcela já desembolsada pelo Bird, de US$ 650 milhões), o governo gaúcho obteve uma diferença (lucro) de R$ 170 milhões e não de R$ 150 milhões, como estava inicialmente previsto.

    . O editor está se referindo ao empréstimo de US$ 1,1 bilhão tomado junto ao Banco Mundial para refinanciar parte da dívida pública do governo estadual.

    . O vice Paulo Feijó e seus discípulos questionaram a operação, alegando que a alta do dólar traria prejuízos graves ao tesouro estadual. O dólar do contrato era de R$1,34, foi para R$ 2,40, mas apenas a queda da libor de 4% para 0,4% ao ano, compensou a diferença e ofereceu ganhos extraordinários.

    - O governo pensa aproveitar esta queda brutal da libor e repactuar o valor do serviço para um cenário duradouro e de longo prazo, já que a crise global não durará para sempre.

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  2. Saiba como foi a reunião de Yeda com a Folha de S. Paulo

    As mudanças programadas pela governadora Yeda Crusius no governo não se limitarão à Caixa RS.

    . Aliás, Yeda também resolveu mudar o modo como enfrenta as críticas da imprensa. A carta que escreveu há duas semanas para o colunista Paulo Santana foi apenas uma amostra do que virá. A governadora resolveu ir para o olho no olho. Sua viagem a São Paulo, segunda-feira, foi para fazer isto com o colunista Fernando Barros. Yeda reuniu-se com ele e também com o diretor da Folha de S. Paulo, Otávio Frias Filho. Ela demonstrou o que fez nos últimos dois anos no RS. O jornal estava emprenhado pelas denúncias sem provas do PSOL e pela catilinária diária de ataques desfechados no RS pelo PT.

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  3. Base aliada sofre com denúncias do PSOL e vacila no apoio a Yeda

    Já é de desconforto a posição de deputados da base aliada alojados no PP, PMDB e PTB, inquietos com os rumos das denúncias feitas pelo PSOL contra o PSDB, empresários e Yeda Crusius. Isto ficou visível nas reuniões de comissões e no plenário, nesta quarta-feira.

    . A conseqüência imediata da nova situação é que ficou movediça a determinação inicial da base de votar maciçamente pelo apoio ao veto do governo à lei que anistiou os professores grevistas do RS. Se o governo não for para cima dos seus deputados com determinação, a minoria dividirá a maioria e virará o jogo na Assembléia.

    - O PSOL, grilo falante do PT, armou o circo contra o PSDB, os empresários e Yeda, é ele quem se beneficia com a vacilação da base, porque foi a presidente do Cpergs, dirigente do PSOL, quem articulou e realizou a greve suicida do ano passado. PSOL e PSDB, com o apoio oblíquo do DEM, aposta na divisão da base aliada

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