quinta-feira, 12 de março de 2009

Dúvidas dissipadas

Na semana passada coloquei aqui minha frustração em abrir a edição do fim de semana da Gazeta Regional e me deparar com duas páginas de material pró-oposição ao governo estadual. Sem nenhuma retranca destinada a um contraponto legítimo, a ideia de apologia ao quimerismo (repito: não existem provas que confirmem uma vírgula do que disseram Luciana Genro e Pedro Ruas) sistemático fluiu.

Esta semana, porém, se dissipou essa latente desconfiança. Na página 7 da atual edição, três quartos de página dão ao governo estadual, através do secretário estadual da Transparência (seria mesmo necessário essa pasta?) Carlos Otaviano Brenner de Moraes a possibilidade de resposta. Na matéria, Brenner responde a três perguntas. O espaço é menor do que de Ruas é verdade, mas é adequadamente proporcional ao tamanho da importância que o gabinete da governadora vem dando ao assunto. E se a resposta do secretário foi resumida, não havia razão para que o jornal enchesse de linguiça mais uma página.

Honestamente, senti seriedade na resposta dada esta semana por este jornal. Uma reação elegante e acima de tudo profissional, de gente que tem a consciência da responsabilidade que possui. Desde cedo fiz uma opção pelo jornalismo de opinião. Sinceramente, não comungo da linha da imparcialidade. Acho ela repressora na maior parte das vezes. Essa, porém, é uma postura pessoal-profissional, cujo ônus é tremendamente caro. E quando se faz comunicação assim é imperioso deixar claro de que lado se está. Ou seja, a parcialidade tem que ser escancarada mesmo. O que é pecado (talvez o maior) em um colunista, em um repórter, em um apresentador e também em uma empresa jornalística é tentar induzir o leitor, o ouvinte ou telespectador a partir de uma postura camuflada.

A Gazeta Regional, seus diretores editores fizeram a opção que creio ser a mais coerente a ser adotada por um veiculo comunitário que se propõem à defesa de todos os flancos. E esse padrão de neutralidade foi realçado esta semana.

2 comentários:

  1. advogado Ricardo Giuliani acaba de pedir em nome do seu cliente, o empresário gaúcho Humberto Busnello, a prisão da deputada Luciana Genro, do vereador Pedro Ruas e do presidente do PSOL do RS, Roberto Robaina. O pedido foi encaminhado na forma de queixa-me, protocolada nesta quarta-feira no Supremo Tribunal Federal.

    . O advogado de Busnello, que é vice-presidente da Fiergs e um dos empresários de maior sucesso do RS, não pediu a quebra da imunidade parlamentar de Genro e Ruas, mas ambos são inimigos públicos do privilégio e poderão abrir mão da vantagem.

    . Na queixa-crime fica claro que Genro, Ruas e Robaina mentiram quando disseram, dia 19 de fevereiro, que Busnello foi visto entregando R$ 100 mil para o ex-secretário da Fazenda, Aod Cunha, na campanha de 2004 de Yeda, e que oito áudios e vídeos com as provas foram entregues ao Ministério Público Federal. O MPF anunciou formalmente à imprensa que as notícias da troika do PSOL é mentirosa.

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  2. Sexta-feira, 13 de Março de 2009
    PSOL e tucanos aguardam revistas nacionais

    Desde quinta-feira é enorme a boataria sobre novas reportagens contra o governo gaúcho nas revistas de circulação nacional.. Na semana passada, a expectativa resultou frustrada, porque a reportagem sob encomenda do reparte sulino da Carta Capital pariu um rato.

    - A expectativa dos tucanos é de que novidades (más) ocorrerão no campo do PSOL e nada têm a ver com as queixas-crimes e o pedido de cassação de Luciana Genro. Os tucanos vão pedir que Genro e Ruas abram mão da imunidade parlamentar para se defenderem como cidadãos comuns, já que sempre condenaram o instituto.

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