Municípios criticam falta de investimentos da Corsan

Mais de 300 pessoas participando do 1º Seminário de Saneamento Ambiental de São Lourenço do Sul. Prefeitos, vereadores, secretários municipais e dirigentes de entidades estiveram presentes. No encontro, foi debatida a situação dos serviços de água e saneamento nos municípios. Um dos temas centrais da pauta foi o contrato que os municípios têm com a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). Também foram apresentadas pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) as experiências de municípios brasileiros que vêm se organizando para assumir o gerenciamento do sistema de água e esgoto.
O prefeito de São Lourenço do Sul, José Nunes (em pé na foto), disse que os gestores municipais não podem se omitir de discutir esse tema, embora os municípios venham assumindo cada vez mais serviços e obrigações, sem o devido retorno de receitas. “A questão do saneamento é um tema sério, que se reflete no desenvolvimento e na qualidade de vida da população”, disse. “Há necessidade de se abrir um amplo debate democrático e de intenções, aproveitando o momento que o novo marco regulatório oferece.”
Já o presidente da Agência de Desenvolvimento do Turismo na Costa Doce (AD Costa Doce), Zelmute Oliveira, disse que é necessária a integração dos municípios para buscar a solução de problemas de infra-estrutura que representam gargalos ao desenvolvimento regional. “O turismo na Costa Doce está crescendo a uma taxa de 10% ao ano”, destacou. “A preservação e a despoluição da Lagoa dos Patos um elemento centralizador para o desenvolvimento turístico da região e temos uma grande responsabilidade nesse sentido”, disse.
No encontro, prefeitos criticaram a atuação da Corsan em seus municípios. “Esse queixume que vejo aqui é o mesmo filme que se passa em nossa cidade”, disse o prefeito de Canguçu, Cássio Mota, ao informar que seu município tem contrato com a Corsan há décadas e não possui investimentos significativos há 40 anos. A tarifa básica cobrada atualmente pela Corsan é de R$ 43. Caso a empresa passe a prestar também os serviços de esgoto, deverá ser acrescida em até 70%. (Colaborou Charles Furtado Vilela)